terça-feira, 14 de agosto de 2012

Sono de Granito, Sono de Espírito, Luzir

O mundo fornece formas para descer as maças enquanto a lua adormece os cárceres, a gravidade pucha há todos, a dor arde no centro da terra, eu te amo, eu amo e me oponho ao meu próprio sono, minhas sílabas são como um recém-nascido aprendendo a chamar aqueles que me cercam, eu sofro em demasia, e acredito, proponho, ao meu sofrimento uma luz dentre tantas sombras, eu amo, à ti, mas como expressar meu amor, dentre tantos muros, cercas-mortas disfarçadas de vida, almas desequilibradas no vinho do sangue. Já não mais me satisfaço com carícias apaixonantes, não mais acredito na vitória intelectual do filho do homem. Quero amar, deveras difícil nessas tempestades, resistir às fortes camadas de vento, segura as minhas mãos, lutaremos contra o mundo, sentiremos os céus, inda os mais fortes soldados evaporam no nosso amor, haveremos de ir adiante aqui e agora, me abrace, transcenda o frio do universo, sol, a vida traduzida nos teus olhos, morrendo e eternamente nascendo na rocha, viver a vida, além dos currais, ruas no ópio dos campos, sentiremos o odor do orvalho nos relógios e quando morrermos sentiremos a vida.

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