domingo, 3 de junho de 2018

Raiz do Homem ao Orvalho do Sublime

Quando as impressões de um outono disperso, dentre folhas amarelas e alaranjadas
Trazem-me ao leito derradeiro da noturna estação dos teus olhos do dia de ontem,
Onde os rios da alma, o azul delicado da infância que jamais se esvaiu. Toda a 
Superfície lunar, os mistérios dos príncipes, dos poetas reclusos e dos santos em 
Odisseias pacatas da conquista a si mesmos. Os olhos dos linces, dos cordeiros e a
Fama de um mundo sujo, descartável de paixões avulsas, desejos sórdidos e lamentos
Ocasionais de uma virtude esquecida. A filosofia do retorno de dias que se foram, de 
Uma adolescência onde as cavernas, os anjos, elfos e Deuses de um outro tempo traziam
Os tocadores de flautas com suas ovelhas, sabíamos que haveriam sempre os artesãos,
Manufatureiros e operários de fábricas nos nossos olhos ancestrais de madrugadas e 
Auroras dispersas. Eu que te encontrei em um dia onde o tempo e as correntezas das 
Invejas, cobiças, manifestações de orgulho, e por fim contendas contidas nas explosões de 
Violência intrínseca se dilataram na eternidade de teus olhos; na concepção alheia,

Produto do Empíreo, o sonho do Deus monoteísta que nos legou Cristo, ali na alvura 
Celestial da Virgem Santíssima, dos arcanjos, serafins, querubins, santos e anjos,
Onde os impulsos sexuais, de posse e o medo de te ver não estavam bloqueados 
Por um mundo que valoriza o perecível dos troféus estéreis, ali tu estavas em toda a 
Pureza da concepção. E lá, na mesma retina dos olhos de beatos atormentados e 
Mártires em busca de um comportamento santo, na passagem de tantos mundos 
Áridos, eu te encontrarei novamente, em estado de permanência ao que mundos
Baixos não roubariam. Perene, eterna tal como as rosas que não germinam nos prados
Corruptíveis, lá onde o sonho da vontade do Pai haverá de cumprir-se, onde o sono
Mortal tornar-se-a dissolvido, onde todas as mentiras, contendas e fomes das entranhas
Sórdidos sucumbiram à extinção, te encontrarei no eterno, onde nem o mundo de baixo
Ou aparentemente do Alto nos deterá, na felicidade do transcendente, única raiz do 
                                                                                     Homem ao orvalho do Sublime!

sexta-feira, 1 de junho de 2018

O Cálice Das Águas Límpidas da Vida Eterna

Os dias que se passam como horas a fio, cavalos brancos, árvores, folhas
Verdes e santos decrépitos onde apenas as vozes das cavernas, dos cetros de
Realeza e poder escondem um sono de três quartos de miséria em adaptação
À uma realidade estéril. Nas avenidas, ruas e calçadas onde a atmosfera e os
Rapazes e moças cortejam com maças da expulsão do Éden toda a vida ilusória
De um romantismo plástico, tiros avulsos e a loucura de um sonho singular de
Uma única besta dentre as sombras de homens vestidos em linho, algodão e
Seda no veludo de um céu azul disfarçado pelas impressões do dever-ser.

Nas universidades as vozes de Nietzsche e Heiddeger dentre ecos de um nada
Entre o tempo, a fenomenologia do antropocentrismo grego ardendo em uma
Febre caótica na morte dos Deuses, enquanto a sensibilidade dos licenciados
E bacharéis compreende que o Budismo e o Cristianismo de um idealismo
Prático da regeneração das ovelhas perdidas fazem-se as únicas escapatórias
Contra a depressão e a ansiedade de uma modernidade decadente. 

Nas famílias os adolescentes e jovens vivem como dentre granadas de
Ingratidão aos pais, enquanto em consultórios pagos aos bolsos de seus
Progenitores interpretam vestígios de uma psicanálise dentre chaminés
De filhos de uma burguesia iluminista dentre ecos de fé estagnados pelas
Fumaças das paixões. Ó paradigma da última dimensão divina e humana,
Dai ao filho do homem o preço do retorno ao paganismo na conversão
Imediata, somam-se os dias e ele vive ao córrego do rio invernal da morte,
Que o amor latente renasça na oração, de tentações aos olhos nus, vê-se
Um mundo deserto, telescópios e microscópios desertos, e monografias e
Teses desérticas, que pelo Cordeiro de Deus o homem veja o Deus que o
Criou a imagem e semelhança e que os santos sejam um alicerce na vida
De muitos, a justificação pelo divino, faz-se o cálice das águas límpidas
                                                                                            Da vida eterna!