quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Prazer, A Tempestade, O Suave Escudo

No princípio, éramos o vento, a tempestade, o suor, o prazer, sentíamos
Devíamos ser fiéis aos nossos brinquedos, os adultos caçavam nossa
Fome, cansados víamos a sensibilidade em seus olhos, era deveras fácil
Ser criança, andar aonde as ondas, marés corriam pelo espaço, era tudo
                                                                                    
Tão lindo, tão trágico, que minhas pálpebras ardiam como frutos saindo
Da verdejante condição ardente, as danças, os pulos e o sono com os
Pijamas suaves, o leite durante há noite enquanto assistíamos os filmes, 
Não medíamos a dor, sofríamos pelo ar, uma mamãe de olhos castanhos

Cantando canções belas, um pai extremamente amável e sofrido, que 
Ardiam na esperança e no mundo, não existem desculpas, apenas 
Abraços, as chaminés nasceram na incompreensão dos mesmos e 
Perdas, quando íamos ao sítio andando há cavalo com uma adorável

Tia avó com olhos de orvalho, difícil para o adolescente ter saudades 
De dramas, mas houveram momentos alegres, ouve o perdão entre 
Os pais que me amavam, imperfeitos germinamos como uma semente,
Deus está em nossa alma, cicatrizando o coração, tempestuoso fogo

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