segunda-feira, 29 de abril de 2019

Tu Estavas Lá. Todo o Mundo Passou, Ardeu. A Santidade Permaneceu

Tu estavas lá. Em cada silêncio, em cada caverna e em cada flor. Eu
Via que a besta crepuscular de um inverno de espectros infernais me
Separavam de ti. Talvez eu tivesse que provar o pão que o demônio
Havia amassado para permanecer nitidamente no caminho do bem.
Aquelas salas de aula, onde os olhos felinos e agressivos dos linces
Burgueses queriam ser servidos por jovens inocentes na venda de
Vidas santas à um mercado individualista e corruptível. Onde andavam
Os mais magníficos homens que haviam morrido em nome de Deus?

O tempo e o espaço na intuição de uma melancolia em que os esquilos
Se escondem em suas tocas enquanto a neve caí. Jornais em que
Presidentes vendem causas públicas à homens avaros, doentes e que
Dentre multidões vivem a mais profunda solidão dos prazeres de
Tânatos enquanto ciclopes pisam em cima das formigas humanas.
Todo anjo concebido sem prece é um delírio de carne a arder nas
Gerações de gnósticos sem esperança encontrando a válvula de
Escape para suas ansiedades em livros, tóxicos e em relações
Líquidas de uma sexualidade enferma. Eu tive que me apresentar

Sozinho diante do Altíssimo, ouvi os sofistas gritarem suas
Convulsões políticas estéreis entre si enquanto os missionários
Faziam em silêncio o bem comum e socorriam à todos os
Arrependidos, dentre os mais variados sofrimentos. E sei
Que no final, entre eu e Deus, verei a Virgem Maria.  Tu
Também estarás lá. Subsequentemente te visualizarei e já
Em espírito testemunharemos o mundo que passou e
Reconheceremos que o arrependimento, toda a penitência e
O fruto daquilo que das boas obras edificou-se, fez-se registro
De santidade, permaneceu. O Cordeiro de Deus estará lá,
Fazer-se-a alicerce, em oração tudo será efetuado, não
Haverá mais nenhum adeus. E por toda a eternidade a tua
Imagem pura não fez-se distorcida. Esteve em minha alma,
                                                                     Indelével e ficou!   

terça-feira, 23 de abril de 2019

Renascendo Das Cinzas do Homem Velho, Alvorecer do Empíreo

Quando arrefecidos os trilhos nervosos do filho do homem a purgar-se
Nos cronômetros do tempo. Os trens onde a infância, a adolescência, o
Pudor, a sensibilidade e a inteligência ardendo como as formas definidas
Por vulcões invisíveis no arder de um magma escaldante, na caótica
Ordem da que vem a emitir a catarse do ser e do nada no fluxo da
História natural. O monólito cosmológico, aqui ascende o patentear-se
De Gaia em tenros mares, terras, atmosferas e fogos do manto,
Do núcleo externo e interno onde toda a crosta arde para o Empíreo.
O repousar e permanecer intacto para perpassar o inverno, outono,
O verão e na primavera à todo o decorrer do verde orgânico emergindo
Em uma ontologia consciente. Tal como expoente de Atenas, implícita
Natureza rumo a descoberta da pessoa de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus.
Uma Odisseia de dialética onde o ego, a identidade, a vontade, o inatismo
E o empirismo fazem-se acolhidos na síntese onde o divino se sobrepõe
Ao humano aos fins da obediência da castidade, do dever teologal do
Evangelho justificando a vida de muitos por toda a delicadeza de sua
Simplicidade. O descobrir a alma excelsa, magnífica e divina para
Além do acaso de alegrias insólitas. Descobrindo pétalas de
Magnólias, dálias, orquídeas e estrelícias em toda a vida, na natureza
                                                       De cada estação do ser e do não-ser.

Metamorfoses ao perecível ante fantasmas de planetas distantes,
Os reflexos de instintos, dores e de um ascetismo rumo às fórmulas
Onde os arcabouços da mecânica onde os meteoros, silêncios,
Colisões do cometas, explosões e nascimentos de novas estrelas.
Mundos e mistérios do Anima, a evolução do espírito, lobos,
Raposas, ursos, gralhas, rouxinóis, crianças, cadeias onde o
Primitivo ante árvores, prados onde Febo ascende em luz ante
A música, a poesia e toda uma maestria de beatitude onde as
Criaturas tendem a negar as existências mais aparentes rumo às
Formas de um mundo onde a fé, a esperança e a caridade vencem
As tentações da carne ante toda a banalidade do visível aos olhos
                                                            Nus. Emergindo, por fim, o

Santo Espírito, destronando a soberba, o individualismo, a cegueira e
As sombras ante o despojar das cenas onde a dramaticidade das paixões
Ardem até onde a filosofia, a metafísica, o poder e a caça as presas de
Um mundo selvagem ardem na descoberta de um Deus judaico-cristão.
A luz surpreendente dos santos; os heróis e titãs do paganismo sendo
Esquecidos. Até onde vamos como herdeiros do paleolítico e do
Neolítico a arder em dialogar com cérebros maciços e vidas privadas
Onde a mágoa e o rancor nos coroam como monarcas de energias
Soturnas e despóticas... Quem poderemos ser diante de uma vida sem
Oração? Animais bípedes e solitários em epidemias de morte, guerra,
Genocídio sensível e cognitivo à completa ausência de contemplação
                                                                                       Ao Altíssimo!

A consciência enquanto lâmina de uma prata ignóbil, o sono e o sonho
Como cálices de vinho desconhecedores das águas em suas fontes
Límpidas... Apenas o que três quintos de paixão concedem na maresia
Dos apegos à realidade sensorial e sedenta ao monopólio abstrato da
Carne a dar espaço à Lúcifer. Apenas a vitória do bem sobre o mal
Faz-se valer as séries até o sétimo selo. A conquista rumo ao Empíreo
Começa em pequenas atitudes fluindo suaves, leves, sublimes e
Transcendentais; onde todas as palavras evaporaram-se, permanecendo
Apenas na medida em que fazem-se redimidas pela penitência, a prece,
Toda a unção sacramental e a prática das bem-aventuranças!
   Deus exprime-se santo, efetivo e real para aqueles que sob unção
                         Mariana imitam com humildade seu filho unigênito!   

A Uniformidade Divina Ante A Essência dos que Verdadeiramente Amam

Quando no outono dentre rios, o azul diante das folhas amareladas
E alaranjadas mediante as geadas das faculdades intrínsecas. O sono
Repercutindo ao longo das vinhas, rebanhos de ovelhas e as estações
Solitárias onde a filosofia e a morte ascendem a queda do filho do
Homem. A consciência dentre espelhos, as afecções, paixões e mortes
Da infância remanescente dentre fantasmas de lordes, miseráveis
Perdidos em um mundo infeliz e um missionário resgatando os
Cordeiros que se extraviaram dentre preces, altares e celebrações
Litúrgicas onde uma intelectualidade laica assassina jovens no
                                     Paraíso a ser reconquistado pelos novos heróis.

Os sonhos dourados da conquista aparente de um legado transitório,
Imberbe e sorumbático. Famílias da burguesia ascendente com
Mancebos repousando em divãs. A era das luzes emergindo em
Trevas de individualismo na descoberta do pudor ante o sacrílego
Ao ceticismo dos mortos. Apenas o imitador do Evangelho faz-se
Íntimo do infindo. As regalias, glórias e títulos dos filhos de uma
Emancipação frugal serão esquecidas ante as crianças-adultas.
Apenas o amor arde em vitória definitiva ante a inocência do
                                                                          Éden reconquistado!