''O homem pode fazer o que quiser, mas não pode querer o que quer'' Schopenhauer
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Harmonia da Música, Espaço Do Silêncio
Quando criança, lembro-me disseste-me que minha língua fazia-se uma lâmina, que minha terra fazia-se tua lâmina, quando na realidade ardia em mim a semente fertilizada de um sonho verde em demasiado sono, o Jardim do Éden faz-se um berço, os olhos de minha mamãe eram dons de sofrimento e descida dos céus nas ondas, os cérebros e o corações ocasionalmente paralelos se chocavam, meus deuses eram brinquedos ansiosos, minhas pálpebras ardiam em fogo, ultimamente evaporando minha água, aonde estão vocês fontes, por que vocês não existem sem as fábricas por que as fumaças se confundem com as nuvens, posto que a natureza faz-se uma apenas, muitas dores possuo, muitos fardos carrego, mas do teu amor não haverei de duvidar, todas as minhas dívidas vão para os céus no teu ciclo, meu deus, minha parte escondida na clorofila da planta. Saí do útero de minha mãe, muito difícil empreende-se o mundo, a gravidade pucha todas as maças, o tempero das uvas arde no vinho, mas não duvido que te amo, a lua escondida na flor e suas crateras como espinhos nos olhos da mulher envelhecida, quando as piscadelas da cidade vierem seremos um só, nesta unidade seremos uma só um luz, um só mistério, desvendado na harmonia da música no espaço do silêncio.
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