sexta-feira, 24 de junho de 2016

O Leito do Ventre das Terras e Céus

O leito onde a superfície de um céu frio dentre nuvens oculta os olhos
Do tempo como metáforas de dragões em pleno deserto contraído com
Larva estendendo as raízes do relógio na alma da imperfeição em que os
Príncipes e poetas encobrem tempestades de fantasmas no altar de um
Pai nas camadas noturnas de um mundo encoberto pela fama e o vinho
De um amor apertado por uma infância indecifrada pelo mistério dos
Anjos. As asas destes mesmos dragões são a extensão do sonhar, da
Aparência inconstante da bela dama e da paixão dos jovens de quinze

Anos na expressão violenta de um amor incorrespondido, do riso
Estridente perante a diferença do padrão do exército do rebanho, do
Dinheiro como expressão de escolhas em contraste com a simplicidade
Dos lírios que brotam para além dos títulos e posses, da sexualidade
Isenta do domínio dos soldados do princípio do prazer para além dos
Limites da dor, ou seja, o ser aglomerado no eterno retorno do verde
Da vontade, adormecido no sono imerso na noite tempestuosa em um
Rio dividido no ventre de mães e de estrelas interpretadas no sonho da

Fria prata, as folhas de papel branco e o gênio enganador na explosão
Das bombas na matéria energética do sonho dentre catedrais, casas,
Campos abertos ao longo de ruas asfaltadas e o culto da ordem e
Progresso, o mundo arde e ao meio de sofrimentos e alegrias, olho
Para estes mesmos céus e sinto que Deus está latente no olhar da
Ternura do teu alicerce feminino, a besta arde na caça do império e
Descobre a loucura enquanto no sorriso de uma criança renasço de
Minhas próprias cinzas e lanço o voo para o rejuvenescimento de
Minhas pálpebras no amor para além dos monumentos dos reinos
Efêmeros e sinto o divino desabrochar no milagre de estar sobre a
                               Terra em uma missão onde os céus descem para
                                                                Além das mentiras da morte! 

quinta-feira, 23 de junho de 2016

O Casulo do Teu Sonho

Quando os cães, cigarras, garças, ovelhas e lobos encontram-se dispersos nos
Prados, florestas, dentre murmúrios de caçadores, índios e fanáticos no calor das
Igrejas ao esplendor das folhas outonais do teu olhar embutido nas camadas dos
Peregrinos solitários vendo a face dos autoritários adormecer as cinzas do destino
Às pálpebras do anoitecer dos tímpanos dos anjos. Eles estão adormecidos no
Rio azul de um sono, em que a mais tenra infância faz-se emergida nos olhos

De larvas de um vulcão onde as árvores e o raios dos deuses dispersos nas
Engrenagens de animais na expressão dos prazeres reprimidos pela descoberta
Do belo em si, de um amor aos lírios do campo representados na tua pele à
Sensibilidade do ofício de ventos tempestuosos de uma cidade na qual as
Chamas dos cérebros, crianças e da relva incidente na madrugada recôndita
Da aurora que traduz o orvalho das janelas em que a filosofia e os mitos
Criam raízes de sangue no vinho das guerras dos apegos e desvarios das
                                                                                            Afecções humanas.

Colidem com o destino os lares esculpidos no mistério do sonho, dos reis e da
Noite imperial de estrelas dispersas enquanto na pequenez do mundo os mesmos
Lobos uivam. O rebanho estridente de cordeiros ao longo de planícies onde o
Verde e o fogo de uma aurora bucólica adormece nas vinhas de um tempo
Sonolento a mais tardia das paisagens encoberta no ventre de uma mulher, as
Cavernas vigorosas de um querer sepultado em ouro e a loucura dos relógios no
Inverno onde as correntes de geadas sobre a superfície das rosas trazem a morte

Sob as pétalas das crianças. Eu adormeci dentre correntes de uma primavera
Encoberta por paixões inebriantes ante os mais profundos mistérios, a morte
Está na gravidade do tempo, a duração das horas do egoísmo, orgulho, ciúme
E inveja dos espíritos nas profundezas do Orco, ela seduz a mente opaca das
Formigas humanas. Um enigma de doenças psíquicas, de mentir para si mesmo
Na atração dos males para criaturas sensíveis. Mais que dialética, Deus faz-se
Eterno e em suas dimensões, os céus andam próximos dos que amam para
                      Além da sensibilidade os loucos e da soberania dos déspotas!