quinta-feira, 10 de outubro de 2019

A Ultima e Intima Dimensão do Ser, Flor Áurea da Existência

Pelos teus olhos castanhos, folhas verdes dispersas na planície, o arvoredo e
O espelhos uma infância inconstante. Ruas, vinhedos e a loucura dentre raios
Esquálidos das estações solitárias. Mundos vencidos, as ciências oriundas
Da filosofia natural, o sono dos dias idos no adolescer do outono dos patriarcas 
Envelhecidos. Os alpes, os mares, oceanos e rios de tempos onde as guerras 
Triunfavam sobre a consciência. Tu fostes para mim a metafísica que venceu
O enlevo das manhãs altivas e festivas de uma meninice que teria sido 
Sepultada com a feia moda do momento, o embuste dos tóxicos, da música,
Dos passeios na multidão infeliz. O anoitecer que desce, maças e 
Dias que fazem-se ensolarados. O útero pagão de uma tempestade de cor 

Púrpura e lilás; não permitirei os descaminhos dos ídolos, ainda que amigos 
Disfarçados com as espadas do individualismo e da morte me oprimam.
Tu vives em cada flor escarlate, áurea ou anil de um devir nos leitos
Fluídos donde correm as fontes límpidas das paixões que se purgam.
O Olimpo onde Baco, os soldados de Marte se alastram nas dimensões
Continentais no prazer e na agressividade destes homens lascivos,
Dados ao luxo e a intrepidez dos esportes estéreis. Dai ao mundo o
Embevecimento de seus adeptos irresolutos. Ainda que venham crises,
A subjetividade dos que verdadeiramente amam com antecedentes 

Familiares sofridos e com sede do divino arde e salva os que reconhecem
Sua pequenez. Afinal o que mais somos? Deixemos vir do Altíssimo
Tudo o que somos, à carne mortificação. Apenas aquilo que nasce do 
Ultimo e íntimo do ser, perpassando todos os castelos, feudos, oráculos
Delfícos, coliseus, parlamentos, comunas; o Liceu, as Academias e seus
Descentes. Jogos olímpicos, cenários da arquitetura gótica e romântica.
O panorama dos exércitos e o caos das guerras insólitas. Simplesmente
Esta semente espiritual, filosófica e santa vence a antítese de três quintos
De paixão e dois terços de sono sepultados nas necrópoles da bestialidade
Do visível. Norte da alma e  das formas eternas do idealismo transcendental
Sob o manto Mariano, ao alcance indelével do mais lúmia criatura humana, 
                                             O Cordeiro de Deus, paradigma unigênito do Pai.