quinta-feira, 30 de junho de 2011

Outono transgressor na ferrovia dos trens nas nuvens do deserto,
Aglomerações de vinho nas margens do rio, segue em lã, tecer
Das pedras nos cavalos intrigantes em museus de cera no semblan-
Te das águas que seguem, azuladas, o manto da terra na erupção
Dos vulcões, rio de leito macio, madrugada mergulhada nos véus,
Anjos e demônios retornam na cicatriz das feridas, as cinzas do
Renascimento em maças impressionistas expressas nas asas
Van Gogh na noite estrelada em azuis silêncios penetráveis na
Luz amarelada nas figuras noturnas aonde os vazios se preenchem
no verde, verdejante meia-noite de alma humana em luz, desejo
                                                                                   E escultura

Os olhos trazem impressões, maresias em crianças adormecidas
Em chuvas acumuladas nos solos, o adubo inconstante das raízes,
Galos sorriem e as espadas argilosas em lâminas trazem céus às
Guerras de sonho, pirâmides de ferro; leveza do ar, brisa, angelical

Dentre veredas, crateras nas ruas banhadas por uma lua de es-
Queletos, a face da Morte tráfega nos túmulos da vida, o tráfego
Já amanhece em aurora flexível, mas tensa a ânsia da vida, ânsia...
Os nervos são ondas na praia ardente em dunas no corpo, alma
Inconstante nas latências da fome, as flores, as estradas, síntese
Plantas dentre folhas em chamas nas cavernas e o sono, ânsia de
Néctar nos rios adormecidos no ventre do Sol, a tentação, sensível
Lágrima cristalina nas águas límpidas em cascatas de luz das ilhas
no sul, nervos da eletricidade das paixões sem pássaros, férrea
Sensação do silêncio, apenas o silêncio simétrico sem fumaças,
Ri da loucura dos dentes escancarados ao cigarro, à todos vem
A sombra, cabe a luz aos espectros abismais clarear, relva, deus,
Apolo traz evaporar aos dilúvios do filho do homem, o paralítico
Toma pernas e ver-se filho de deus, alma, morte, indagam os céus!
Apenas o ser traz o espelho da vida viva, morrer cabe a sombra ser
                                                                                    o próprio céu!

domingo, 26 de junho de 2011

Outono aonde os redemoinhos se dilatam nos museus, espectros,
Ecos e tilintar de relógios nas folhas caindo sob a pele em rio, navios,
A face de Monalisa mergulhada nas torres de Babel, as maças e a
Anarquia das formigas em busca de folhas verdes em areias de fome
E espírito de nuvens na madrugada aonde o Sol adormece adentro,

Os cemitérios são flechas aonde os cavalos tomam formas de heróis,
Hércules, ânsias de bronze nas indivisíveis esferas de cubo, relógios,
Madrugada em ondas de outono, flechas de luz sob lágrimas, lumiar,
Crianças adormecidas na lua dos lagos adultos, em feridas à cicatrizes

O tempo em suas raízes traz dimensões de fogo, chamas de espectros,
Chuvas de luz e abismo aos sentimentos de brasa, verdes crepúsculos,
A luz adormece o amanhã na face de Monalisa, todo instante, escultura,
Apenas o silêncio, o filho de deus, além do espelho de Narciso, cicatri-
Zando as fumaças eternas e renascendo cinzas, Fênix no eterno retorno
                                                                                          Verdejante!

sábado, 18 de junho de 2011

Morte nos cálices, fogo nos ventos, vinhos, peões e tormentos
As rainhas estão em túmulos no ar, aonde ecos da madrugada
Dançam em nuvens, paixões, chuvas e raios, anjos ciumentos
Pois na carne vivem, nas sombras da neve dos jardins, enxadas

A infância reprimida, as pálpebras doloridas, os cílios, tráfegos,
As ruas embalam tentações, desertos, rios, a víbora de aranhas
Teias, espelhos, estrelas, lago de Cisnes, diamante de entranhas
As feridas, os céus, Vênus, os instintos, a alma, verdes, tentáculos

O vento inconstante, as névoas intrigantes em pálpebras de outono
Os lagos de neve, a fome, os tímpanos, os mundos em estrelas
As terras, os céus, os olhos e a chuvas nas crateras dos cometas

Fugindo dos cactos da morte, das sombras do desertos, luz em alma
Na caricatura da larva, sentimos o orvalho da relva, na raiz, ferida
Reagindo em iluminação e asas; mel, fel; ecos de Sol, forças da vida
Se amanhecem ciclos em mim, relógios, fomes e crepúsculos
Adormecem em mim mármores e vinhos, azuis maresias,
Os cavalos dançam no eco das madrugadas, rédeas ardias
O rio, a chuva, a relva e o sol, tensões, fibras de músculos

Os cabelos brancos nos olhos verdes, fogo límpido, sede
As madeiras, o vento e o litoral, cinzas, ondas da juventude
As auroras são como neves e invernos na chama que verdes,
Orvalho nas folhas e flores, terras, descendo, céu, altitudes

Asas penetram-me os tímpanos, brasas, o eco das cachoeiras
Dentre marés e tempestades, cavernas, elevação das almas
Nos corpo das dunas, aonde a luz do sol, cicatriza areias

A pele navega em inverno aonde o Sol evapora o gelo, devir
A primavera descendo nas ruas, o verão penetrando-se chuva
Os Troncos, frutos, sementes, em raízes de calor em curvas

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Houve um tempo aonde ardia em mim o desejo tempestuoso,
As ruas ardiam no significado do silêncio em mares inquietos, 
Percorri os faróis e adormeci na noite humana enseando pelas 
                                                                              Estrelas,
Vi luzes e metrópoles conquistadas no suporte da paixão mas
Em mim arderam muralhas sobre o silêncio, vi a luz adormecer 
No ninho dos pássaros no inverno, quis voar, mas temi a neve, 
Tive de voltar ao ventre das estrelas, pois apenas o Sol evaporou
Minhas lágrimas cristalinas, o rio da inocência desceu os céus e 
As terras foram se cicatrizando em rocha, rocha de crepúsculo, 

Aonde recomeça o Sol amanhecendo minha alma e batendo meu
Coração, não hei de temer o filho do homem, pois apenas através
Dele se chega ao silêncio de deus , compreensivo no perdão huma-
No  do Sol de meu ser, folhas renascendo, verdes, o infinito; sol,
Calor sob o frio, luz sobre escuridão, sombras se evaporam, e 
Toda aurora fontes límpidas me matam a sede, fertilizando em brilho
                         De rocha em sensação forte de música em meu ser
Brasas elevadas na fome dos pássaros adormecidos na incerteza,
Quiseram-se relógios no tempo da luz do Sol no rio da ferida
No sonho singelo aonde as fontes ardem no brilho da aurora,
A fama umedecida que chora nos verdes azulados do desejo da
Chama eterna, o não querer, não que o cavalo apenas a andorinha?
Pois eu quero apenas o ser, apenas a luz nos olhos da infância
Cicatrizado no recomeçar eterno, rocha no crepúsculo, infinito
Da aurora

Vento, areias dispersas nas ondas, o sal penetra-me no pão,
Desmoronando montanhas e tocando o céu na cicatriz da
Infância, preocupar-se é perder-se na solidão com o arado
Das noites sem estrelas, de que adianta pintar uma flor com
Medo em meio a uma guerra interna, ser fuzilado e apenas
Deixar a marca do cérebro? O coração navega profundo na
Cicatriz da alma, o silêncio faz-se tudo, aurora da madrugada,
Ressuscitarás das cinzas, crianças no rio da inocência, o Sol
É para todos
Flechas adormecidas em lâminas de ferro, a flor impressa
Nos olhos da infância regenerada em fontes temperadas de
Relva em orvalho no rio da inocência, o outono no vinho
Da perfeição no ciclo das estações em neve sob os pássaros,
Quisera a natureza em mim apenas a chuva sob os cabelos
Em meu ser enquanto criança na luz regenerada na inocência,
Os impérios do sono e as sombras tomam túmulos, mas o
Tempo livre amanhece na aurora, o Sol nos coroa de luz, as
Asas da imaginação e o infinito nos tornam iluminados