quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Despertando O Orvalho Da Infância

      A tua tez encobre a superfície dos alpes onde no frio os alces pastam ao longo dos ventos do oeste, o mistério da morte permeado por fumaças, cidades, ambições, apegos e o delírio de ser alguém em um mar de competitividades, os mendigos soltos nas ruas e o pão de todo dia esquecido na não ascensão da misericórdia; a luz no esplendor da natureza dos santos iluminando a dimensão última da tua sensibilidade. Os teus olhos, tais como reflexos da lua ao meio dos rios azulados da dor de encontrar as raízes de um sono na infância dos prados dentre árvores, bromélias, rosas de uma cor avermelhada para além das tiranias dos reis com o absoluto imperialismo da falsificação dos Deuses e quando, enfim, a imagem dos fantasmas egoístas abrir espaços na noite invernal o calor oriundo da tua aura despertará luz. As sombras, relógios e tempestades de almas aflitas partem para esta mesma iluminação na contemplação do divino; reinos, monumentos e impérios serão dizimados pela justiça atemporal e o amor na delicadeza de uma criança a dar seus primeiros passos reflete os céus na sensibilidade destas terras, na elevação do teu olhar a refletir a ternura pela qual os homens renascem do caos da guerra e vislumbram a sensível, impalpável paz em que a aura feminina faz das fendas perecíveis eternos veludos cristalinos da essência humana e celestial!