segunda-feira, 23 de abril de 2012

Faíscas, ventanias, cataventos, manadas de antílopes, o ensolarado véu sob
O gafanhoto, as fibras, os anéis de Saturno, a lua dentre as névoas da noite
Delicada da sensibilidade do ventre na luz adormecida em outro hemisfério
Da terra, o espelho aonde o soldado, nas névoas e cerrações dos labirintos
De árvores imensas, cujas folhas se renovam há milênios, o ventre dos pás-
saros e lobos, Roma, Londres, Madri, nada há de novo, apenas deus há de
Se despertar e ressuscitar amenizando o mundo, com raízes e troncos de luz
Os lábios, camuflados escudos de aço, com lâminas de tempo dentre terras e
Ondas, aonde os remos escodem a correnteza dentre pássaros e macocos no
Verde das árvores, dentre raízes de gênios e asas de naves da Nasa, os vulcões
Mecânicos aonde a fumaça abre a radiação atômica do meu ser na rosa escul-
pida em tempestades, a aurora oculta dentre ferrovias aonde tempo traz ventres
De espadas, lâminas de véus aonde os fantasmas se perdem na madrugada aon-
de o dia desce das nuvens sob as armas dos jornais e dos cemitérios ardendo
No prazer e na sanidade do sangue ao vinho fazendo o espírito, carne: a guerra
                                                                                          De vivos e espelhos

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Árvores, folhas, camadas de orvalho sob os frutos, dentre sementes de casulos,
Cães nas chaminés de rios aonde o fogo, adormecido, abre pétalas de relógios,
Veados que fogem dos arcos do lobo do homem, coelhos em tocas penetráveis
Em cinzas e labirintos aonde os duques e barões sepultam nuvens em cemitérios,
Soldados, navios dentre formigas, baratas, o arado selvagem dos anjos na ferida
Em sangue da minha adolescência, as nuvens pálidas, cheias de chamas trazem 
Espelho do meu amor tecido no verão e no outono no inverno das guerras, abra-
-me os olhos esculpidos em terra e luz, carvão em vulcões, amanhece ao Sol a 
                                       O silêncio de um Deus preenchido além das montanhas 

terça-feira, 17 de abril de 2012

A estação, os trens, neves, férreas estradas aonde as fumaças saltam o
Espaço do coração na alma dos relógios de intenso calor, os moinhos
D'água são como ondas da morte, da pedra aonde se movimentam os fan-
tasmas, os medos, os cálculos e as poesias, na matemática do vento, do frio
No fogo, Apolo, meu deus do sol, Vênus, o teu amor de redes e dramas na
Aventura aonde os coliseus romanos amadurecem os frutos da escuridão,
O orvalho nas folhas, as paixões aonde a terra se exprime, nas correntezas
De sono, aonde o mármore e as flores adormecem em sonhos, a lua nas
Metrópoles e nos desertos, na infância e na adolescência, aonde o querer
Adulto depara com raízes, a morte, os seus lábios de poder e tristeza inven-
taram deus, dentre rochas e lobos no inverno da Europa temperada nos anjos
No firmamento, nos céus, dão espírito de promessas, à um horizonte de
                                                                                                          chamas]
                                                   
Já, foram-se, prisões de fome, almas de ferro, rios, arados e rebanhos nas
Cicatrizes do tempo das nuvens, das mentiras e da carne argilosa camuflada
Na atmosfera aonde as pedras esculpidas traziam o tempero das lágrimas de
Sangue, os redemoinhos de vento, os ventos glaciais de sono, o eterno retor-
no da lua no cenário das ovelhas e dos tigres dentro do espaço da alma nas
Ondas dos mares, Igrejas e ilhas aonde as pupilas dentre teias de aranha a-
dormecem o fogo dos vulcões, fragmentos de espelhos, solidões de solda-
            dos, a guerra das ruas e folhas ao ar livre, pêndulos de rochas e céus!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Limão, cascas ácidas de um verde camuflado na terra com gritos de águias
Dentre os urubus do mar, repressas, relógios, jardins do Éden, Adão dentro
De mim, os lábios do tempo, as fumaças nas chaminés do espaço dentre ár-
vores e arbustos latentes no espelho da flor aonde as raízes trazem espelhos
De raios, Júlio César, as loterias aonde os fantasmas adormecem nos cigar-
ros dos ídolos, a relva orvalhada, as pétalas das nuvens aonde caules e tron-
cos de fogo e madeira inauguram o carbono, as células e o devir da vida em
                                                                                                           fogo