domingo, 24 de fevereiro de 2013

Folhas, Árvores e Pássaros no Rio Da Vida

Vida, quando vejo-te a face, me vem a sombra de árvores milenares,
De modo que durante a noite me oculto do brilho de tuas estrelas,
Quando sofro e este mundo arde em fogo, direciono-me para teu rio,
Vejo os meninos correndo, os adolescentes na moratória e os adultos

Revivendo o tempo perdido, quando os pais iam e vinham e o ardor
Feminino amava sem querer nada em troca, tinha vontade de chorar,
Posto que vinha o inverno e a neve batia em mim, mas apenas o calor
Humano venceu o sol de diamantes, vejo os concursos pelo perecível

Deste mundo de sono e poder, 3/4 nas mãos de cavernas e 1/4 de amor
Perante o corpo, mas não haverás de abandonar-me, pois perante o sol
Brilhas mais que a lâmpada elétrica e apareces em abundância na alma
                                                                                  Do sonho singelo!

A Luz Tecida, A Sombra Confeccionada em Claro

Olharás no espelho, a tua face, com ondulações de mar e reflexos da
Lua, um sono de vaidade e medo, na rua verás a fazenda, o ladrar dos
Cães, o mugir dos rebanhos e sobre a parede da tua sala, o relógio
Deste mundo, rodeado de números e letras; nunca o conquistarás

Posto que a vitória faz-se aparente e os olhos do pequenino mais
Valem que as pirâmides egípcias e obras arquitetônicas do ser deste
Mundo de dívidas e apreensões; eu venho sofrendo amor, o que se
Cobra, o desejo de ver deus e esta terra coberta de tolices, a

Sabedoria e a espiritualidade sendo negadas pela prata do cérebro
Há crescer como músculo deveras selvagem, mas vejo que ainda há
Tempo para abraçar, sentir e ver deus nos teus olhos, não por amor
                          Ou paixão cega, mas por amizade, fome de ser sol!

O Útero do Mundo, O Vento da Vida

O mundo está farto de úteros, desejos de vencer o mesmo e retornar
À selva, o ser humano, másculo espelho de uma bruta forma de cristal,
Cresce deveras efeminado e perante castelos traí a beleza da rosa por
                Currículos e postos, aquele que ama permanece, se tens um

Filho, cicatriza o ar das cavernas do teu sono, fertiliza teu solo, posto
Que és tão adulto quanto o vir há ser da tua criança; és pequeno, não
Importa o paladar de vinho perante letras e números, tudo passa,
Exceto esse silêncio do teu corpo, sensibilidade faz-se a delicadeza

Perante a carne, o fogo há de atiçar-se, mas apenas os olhos do
Pequenino haverão de durar e se mentires para te ante dificuldades,
Onde anda a esperança? Haverás de tentar, o sol e lua convergentes
                          Na luz curva do sonho da alma no corpo do mundo!

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Ode Ao Estábulo de Verde Pastos e Ao Orvalho Dos Olhos

No seio do mundo, haveria de nascer na efervescência do pântano, nos
Raios de um útero aonde o poder já não fazia-se relógios e a selva já
Não exprimia-se o leão ao rei da mesma, e o as ovelhas e cervos não
Mais corriam com medo da morte, a lua, o mesmo mistério da dor, ardia

Enquanto andavas e te adaptavas perante os cavalos, carros e brinquedos
Que passavam, o silêncio e o sono de uma sinfonia estridente de cálices de
Vinho em forma de água e rio, momentos lúdicos de alegria e tempestades
De pássaros que passavam dentre águas, urubus e flores de um mar de

Anjos e terras, o morrer não está separado do viver, assim como os céus
E as guerras existem, na infância sem pré-conceitos, os navios passam e as
Marcas das cavernas ardem, mas os teus olhos, o arder da tua sensibilidade
                                            E o mesmo sono ardendo no olhar sensível

Da mulher, aonde todas as espécies, se umedecem e os deuses chegam,
Pã, tocando a sua flauta para as ovelhas perdidas e os pais sentindo os
Céus, o humano desce na relva o tempo perdido na forma de orvalho e
O chorar converte-se em alegria, a pureza de menino já não mais faz-se

Pré-conceito, o prazer das crianças e o dever-morto dos adultos se faz
Convergente para aqueles que negam a si mesmos e são capazes de mudar,
Pois nos olhos daquele que se remodela, abrem-se as portas do perdão!


A Divina Ingenuidade Poética

De repente, como se fossemos a pele das camadas de neve, nossas mães
Vivessem em ternas avenidas verdes aonde os pais passavam com os
Cavalos, éramos induzidos há concordar, o útero aonde a seca induzia
A infância e a intuição concordava com a ciência de um Abril de guerras

E paixões, tu concordastes com com Rei, porque ele se aliou ao bispo,
Eu precisava de alguém do lado de fora, de uma estrela para me induzir
Aonde o faro dos cães e anjos a mim não servissem como animal selvagem,
O relógio aonde andávamos e tudo o que conseguimos foi ao leu, negamos

O amor, queríamos o poder, o espelho da língua de conflitos e alicerces de
Mundo, um sono de rios, andando entre a relva e as flores, vejo um deus,
E apenas aos olhos daquela pequena criatura adulta, fostes capaz de ver
A iluminação, além da fama e do sonho, existe a alma que haverá de
                                                Despertar quando a carne vibra ao vácuo!

O Sono do Mundo, O Sonho do Corpo

Através dos olhos, diamantes e céus, terras de um inverno aonde a fama e
O ato de comer, beber e dormir estavam latentes no sono, o corpo adaptável
À neve aonde o ouro cintila as cinzas do campo, és pequeno como um 
Redemoinho de seixos, no espetáculo do relógio camuflas teu berço em sol,
Tal como uma formiga, no ofício da sua perfeição esmagada por um

Progenitor de sangue revestido em medo, no prazer da selva traduzes o 
Receio da chuva, na infância, acreditas na pureza de menino e também 
Que o homem aparentemente maduro te mostrará o caminho, e negas
A existência de deus, vês as igrejas e para além delas estás latente na 

Guerra de reis, a arquitetura da alma, a vontade de viver, o delírio da 
Perfeição penetrando teus nervos, cometas e raios de um pássaro 
Aprendendo há voar enquanto os esquilos trafegam com suas nozes e 
A lua sob o mistério da dor traduz o tempo perdido em engrenagens de

Fábricas e as fortes crianças livres entre árvores de um campo milenar 
São medidas enquanto os deuses humanos e imperfeitos jogam xadrez, 
Tens vontade de viver, de lutar contra os fantasmas, Cristo venceu o 
Mundo e tu és o filho do homem, traduz o invisível e perante um rio
E o aroma sensitivo da mulher evapora a ficção dos tronos, desperta!