sábado, 30 de novembro de 2013

As Folhas, As Árvores e Luzes da Cidade

A prata e o ventre repartem os rios dos relógios, as mortes da infância
Cicatrizadas em medos e noites caindo no sono das formigas humanas,
O rei confiante dentre naufrágios inertes movendo dentre luas e alcovas
Sombrias os pássaros dentre gaiolas. Os soldados de um tempo aonde

Os céus seguem os rios do mundo. Tantos medos, tantas tempestades
E estrelas escondidas através das pinturas medievais de minha
Adolescência. Os ninhos aonde a neve bate, máquinas em um sábado
Aonde as asas das aves estão latentes no anoitecer dos dragões.

O sol se nasce e se põe, as almas nascem e renascem enquanto a
Lua permanece na gravidade perante o mar do não-ser e o ser
Há de viver perante os rios das árvores em contraste com as luzes da
                                                                                           Cidade!

O Adormecer dos Homens Nos Céus Inquietantes

Tiros revoltos atravessam avenidas, céus caem na atmosfera do sono
Aonde meus olhos ardem como dentre ondas de vinho. Diante da metrópole
Estendida ante as montanhas verdes, meus medos são traduzidos dentre
Flores e cavernas da minha infância traduzida nos pássaros e aviões
Adormecidos nos olhos tímidos da pantera presa no zoológico de minhas

Pálpebras cicatrizadas na guerra aonde os navios seguem. Os presidentes
E pais traem dentre túmulos e igrejas enquanto soldados seguem o rumo
Das pedras. As feridas penetráveis na lua escura e no vento frio aonde o
Ventre da mulher faz-se dilacerado pela neve e árvores de florestas, fábricas

E fumaças dentre engrenagens trazem o sonho aonde a rainha e os bispos
Estão latentes na febre da luz há incendiar-se na aurora aonde a noite faz-se
Encoberta pelo veludo de estrelas aonde os rios seguem assim como o verde
Da relva traz o orvalho, as cinzas dos fantasmas traduzem os mistérios
              Inquietantes de onde o adormecer eclode o devir dos mitos e homens