quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O Adormecer do Sonho, o Despertar dos Olhos

Uma erupção, quando o inverno no rio do relógio abriu fendas, o cientista
E o filósofo analizaram o sono da neve, o rei transpôs o soldado para a
Guerra e os flocos de granizo bateram nas montanhas, o fogo das tuas
Deformações abateram e o padre não as traduziu para os céus da inocência

És pequeno assim como eu e a figura da mulher com olhos de sol, pois
Vives em mim e em toda criatura que sofre, a lua sob o céu e a terra de
Pais sedentos ao vinho, olho para os céus e vejo o amor para além dos
Castelos, ventres de aurora, ofuscados por uma mansão em pleno estábulo

Da cobiça, uma atmosfera de mundo e cinzas de cigarro sob cárceres de
Repressões e cavernas, guerras tristes e adolescentes de quinze anos como
'Bárbaros'' em coliseus romanos; um imperador de olhos de rubi como ídolo
                                                               Para ovelhas perdidas pregando o

Ideal e assassinando os deuses pela febre da inteligência macabra, vencestes
Ao mundo e não encontrastes nada; o mundo, pequeno qual o sentimento
Adormecido no racional cristalino, a pureza de menino no tráfego e nas
Fábricas; árvores, flores e fontes, quando o mundo aperta de te me lembro

Pois deus tem seus filhos e ocasionalmente desce em forma de mulher e
As armaduras do homem nada o são, posto que chama da fama faz-se
Fogo de pálpebras cinzentas, nada de novo há sob o sol, tudo o que existe,
Já existiu, compreende teus túmulos, teus olhos mais valem que a ciência e

A arte, ao transformastes eles em faróis elétricos ignoras o valor das estrelas,
Ignoras o brilho das estrelas, nunca morrerás, pois nunca estarás sozinho, o
Mundo e suas teias te tocam, mas és luz, és terra, além da noite, a compreende
E tal como ator imperfeito faz de te astro pequeno para o público e desta
Forma não morrerás sozinho, o amor e o sono, tudo diante deles, as
                 Árvores e as ruas, chuva de músicas e silêncios, desperta-te, vive!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O Natal Sob O Veludo da Esperança

Vejo nos teus olhos, o granizo sob a árvore, o verde palpitar da pele,
Fostes na relva,a pele da neve, sofrestes, mas aqui estás, a lua sob o
Céu, a onda do mistério da dor, aquela mesma criança que fostes,
Forte e espontânea, adormecida está nos olhos daquele que nasceu

No estábulo e te livrou das armaduras do relógio, um Abril estonteante
De guerras e paixões, um ano passou e hoje faz-se dia de renascer,
És imperfeito, se teu sono na noite te confundiu com a luz do dia,
Agora faz-se tempo de voltar há acreditar, a cidade está bela e além

Das suas fronteiras deus desce das montanhas; ele abraçou a ovelha,
Amou ao mendigo e ao cobrador de impostos e viu o reino dentro de
Ti, desperta, vive, morrer não faz-se o fim, quando o mundo apertar,
O silêncio fazer-se-a música, hoje empreende-se dia do menor ser o
                                                                                   Maior de todos

O rei que abriu os olhos, viu os pássaros para além do prazer e a safira
Para além do vinho, adormeceu a compaixão na sua carne imperfeita
Enquanto o bom pastor o livrou dos lobos, o menino tímido para si
Não mais mentiu, muitas moradas existem na casa do pai dele, as

Aparências se dissipam, não importa se és rico ou pobre, se te julgaram
Disto ou daquilo, a família faz-se uma para além das fronteiras do
Relógio e o filho há de voltar como soldado abraçando o pai depois
Da guerra, a mãe há de olhar para o mundo para além do padre e
Transbordar em Cristo, vimos deus nos olhos do pequenino, nada
              Há de novo perante o sol, mas a luz transborda os túmulos!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Eis O Silêncio: Necessidade da Música!

A solidão, o impacto titânico da lua camuflada na criança de sete anos,
Os olhos como esmeraldas de uma cidade dentre faróis viáveis na flor
Latente no vinho, os automóveis que como animais selvagens passam,
Seduzindo brinquedos em crianças e traumas para adolescentes sensíveis,

No campo agreste da infância o beijo faz-se sintoma de morte, enquanto
Arde a mesma chorando de alegria, os destinos cruzando os olhos do
Filósofo enquanto os relógios ardem no delírio da loucura das formigas,
Em pleno inverno, o jovem idealista sendo negado pela ilusão das igrejas

E túmulos do sono, o tempo transcorre, os egoístas arma zoológicos e
As feras amam ao mundo, mas eu te amo e encontro verdes jardins
                                                                                 Perante rios e ruas!

A Juventude, Leitos de Mar, Repouso no Oceano

Eu inda queria tocar em fogo, o verde da juventude, sentir nas fontes
O paladar do vento, quando em mim arde a carne encontro no mundo
As camadas da infância, quando vejo as metrópoles e suas luzes,
Visualizo naquelas árvores o menino que fui, com medo do escuro,

Inocência de Adão e olhos de Eva, quando o inverno batia a face da
Lua hipnotizava dentre relógios e o mesmo rio trouxe para a flor
Espinhos, mas o perfume venceu e adocicou o mar de colonizadores,
Quantas vezes permitirás que a pele das montanhas abra espaços

Para o ventre dos tiranos fiéis ao útero de mentiras? Me ame, me
Acalente, nada haverá de durar para eternamente, mas os teus olhos
Brilham mais que a pureza de menino, pois o sonho faz-se mortal,
                                                 Mas a alma brilha como uma estrela!


A Loucura dos Inativos, A Pequenez dos Lúcidos

És deveras pequeno, crias a câmera dos comuns e perante seixos traís
A beleza da rosa, o mundo e seus ladrões ardem no sono dos sábios e
A maresia da idade da pedra brilha dentre inteligências submissas em
Rédeas e cavalos, adormecidos na forma fizeram do tempo trono de

Senadores e os olhos da criança foram latentes no sonho de lebres
Imortais; fama, delírio e crise de espaços mórbidos, quando à te vejo,
A poesia morre e os olhos da bela mulher de cabelos pálidos vive
Adiante da filosofia dos príncipes e reis, muitos anseiam em si a

Aristocracia da sabedoria, mas apenas os olhos de sol evaporam
Fantasmas e nada maior que a luz para percorrer a escuridão e fazer
Do sono pálpebra de um sonho, engrenagem do mundo na retina da
                                                                                                 Lua!

Lua, Rio e Sol Imperecível

O rei fazia-se ventre de lua e prata sob o cárcere, fugia da ingenuidade 
Como o intelectual da brisa, a duquesa abria portas de carência e 
Imperfeição e o ardor selvagem perante árvores adormeceu a criança
Em relógios, a irmã da princesa trazia o diamante orgânico do mundo

No útero das margens do rio e a tribo de civilizados ardeu em ondas
De Adão e Eva como formigas isentas de Deus, e a noite trouxe 
Flocos de neve; ao mundo, necessidade de adaptação, ao movimento,
Necessidade de negação ao cristal, como plantas, minhas raízes 

Procuram teu solo e para além das terras, renasço na chuva de meus 
Filhos enquanto os servos do império saldam soldados, meu 
      Orgulho perdoado fermenta o pão e o pequenino faz-se o maior!