Quem haverá, dentre os bordados da vida, de corar com espinhos,
A morte de um feto? O fazem, diariamente, os trens, ferros, os
Relógios trazem feridas de sangue, me enjaulam como um pássaro,
Não me permitem voar, pois querem me convencer que sou as
Grades
Animais de guerra ácida, querem me corroer por dentro, primatas
Que sofrem complexos, que mau amam a si mesmos, se apaixonam
Por seus cérebros, querem me ver morto, eles inventaram a bomba,
Disseram que deus estava morto, exorcizaram os homossexuais,
Me condenam até por minha própria timidez, eles tudo vem, amam
A vida, mas a morte faz-se apenas efeito do corpo, haveria de novo
Proferir: duas mães possuo, uma de ventre e céu, outra de coração e
Alma; trilhos de desertos e céus, a lua, o mistério do amor, maior que
O da morte, meu deus cicatrizou os céus na rocha!
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