domingo, 3 de março de 2013

A Infância Suculenta, Amoras Idílicas

O tempo aonde éramos fogo, ardiam os trilhos e os trens passavam, os
Pássaros prosseguiam dentre os céus azuis e com suas nuvens tecíamos
O bordado das flores, rosas, a neve descia e teus olhos ardiam, castanhos,
E no teu corpo víamos o quanto o instinto fazia-se supremo, lutávamos

Como piratas contra os reis, instinto? Ou prazer? Fome de ser sol aonde
A luz desvendava o espaço negro deste universo aonde o sono mas vale
Que as guerras destes reis na fratura de ossos e carnes como cadáveres?
Os padres mentiam, os brinquedos ardiam, eu te amava mamãe, quando

Encaixavas aquelas peças comigo, e víamos deus adormecido nos olhos da
Vida, a morte fazia-se medo instantâneo, o inferno era eco das Igrejas, e
Quando adolescente e vi teu útero nas minhas lágrimas como gotas de
Sangue, olhei para os céus e vi os mesmos pássaros traduzindo deus para

Além da carne, o amor faz-se maior, dizem que os profetas e poetas mentem,
Mas se o selvagem existe nas lutas, quando retornamos ao olhar da mulher
Sentimos que Cristo está vívido nos olhos das mães, os versos passam, as
Religiões exigem, mas eu te amo, a dor e a lua são um só sol de alegria,
                                                                                                            Vida!

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