quarta-feira, 16 de outubro de 2024

O Rio Caudal de Águas Ternas, O Regresso A Fonte da Existência

Por todas as mais belas feições de um mundo verde, azul e terroso 
Não poderia esperar um só instante no desatino de ser escravo das

Gaiolas desta criança solitária, espontânea e criativa como o

Prometeu punido pelo alto escalão do Olimpo. Uma ilha, a ninfa 

Calypso, Odisséu preso, o sono e o sonho de Hamlet na noite 

Erma onde procuramos as cinzas do destino nos olhos de alguma 

Oportunidade ferida em uma causa metafísica que a princípio 

Desconhecemos. Criticas diante de um mundo em que não nos 

Encaixamos, paralíticas estão as almas de escassa tolerância a 


Procura de um céu que as fere constantemente. As vitrines não

São as que vemos, somos nós mesmos a ostentação de uma 

Superioridade aparente que nos crucifica. Em uma sociedade 

Que valoriza o poder, a educação e importância perecível, as 

Lágrimas sempre tardam a vir. Quando chegam arrastam consigo

A mente, o tempo e a subjetividade, todavia trazem uma 

Esperança de algo distinto, inexistente quando estamos envoltos

No potencial humano e no seu usufruto, nos jogos onde nos 

Medimos como coisas e depósitos de saber. Se um dia eu 


Pudesse dizer para mim que amei, confessaria que o amor é

Sofrimento, fé e abnegação do verme que existe na minha 

Interioridade, que minha preces me resgatam do paraíso

Perdido do qual sou a própria causa. As paixões exprimidas 

Em ódios, invejas, rixas, ciúmes, intrigas estão como

Tempestades que ladram, no animal bípede de pelos ralos

Que reprimido ante o asfalto e livre dentre os prados e árvores

Anseia por algo que não é simplesmente natural, mas pela

Graça, misericórdia e por aquele que está vivo em toda face

                           E pétala: Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus. 

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