Gaiolas desta criança solitária, espontânea e criativa como o
Prometeu punido pelo alto escalão do Olimpo. Uma ilha, a ninfa
Calypso, Odisséu preso, o sono e o sonho de Hamlet na noite
Erma onde procuramos as cinzas do destino nos olhos de alguma
Oportunidade ferida em uma causa metafísica que a princípio
Desconhecemos. Criticas diante de um mundo em que não nos
Encaixamos, paralíticas estão as almas de escassa tolerância a
Procura de um céu que as fere constantemente. As vitrines não
São as que vemos, somos nós mesmos a ostentação de uma
Superioridade aparente que nos crucifica. Em uma sociedade
Que valoriza o poder, a educação e importância perecível, as
Lágrimas sempre tardam a vir. Quando chegam arrastam consigo
A mente, o tempo e a subjetividade, todavia trazem uma
Esperança de algo distinto, inexistente quando estamos envoltos
No potencial humano e no seu usufruto, nos jogos onde nos
Medimos como coisas e depósitos de saber. Se um dia eu
Pudesse dizer para mim que amei, confessaria que o amor é
Sofrimento, fé e abnegação do verme que existe na minha
Interioridade, que minha preces me resgatam do paraíso
Perdido do qual sou a própria causa. As paixões exprimidas
Em ódios, invejas, rixas, ciúmes, intrigas estão como
Tempestades que ladram, no animal bípede de pelos ralos
Que reprimido ante o asfalto e livre dentre os prados e árvores
Anseia por algo que não é simplesmente natural, mas pela
Graça, misericórdia e por aquele que está vivo em toda face
E pétala: Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus.