O amor é mais que a superfície de um estação invernal, seus dias
Febris em meio ao frio refletem o sono de um andarilho que já foi
Abastado, acadêmico e depois tornou-se miserável. Pois no
Final no combate entre o ser e a morte, o que resta é fruto do
Martírio da desilusão em um mundo onde ser mais é dor ainda
No mínimo no dobro de toda e qualquer jactância. Os meninos e
As meninas espalhados pelo mundo, como potentes corpos
Impregnados de poder e inteligência, sentem muito para
Perceberem que o nada é o desperdício da abundância que
Não compensa. Vinho, escolas, ambições, músicas, corridas
Para se medir em relação ao imprevisível, ver-se diante de
Perigos. Estar em casa e olhar na janela a paranóia de tantos
Insatisfeitos, com eles mesmos ou os filhos fazendo terapias
Onde os que eram os vencedores das camadas mais baixas
Que subiram na sociedade, agora não sabem
Até que ponto a realidade e suas ofertas no nível em que se
Apresentam são viáveis. Sofrer e auto-afirmar-se é o dever
Dos que confiam em Deus, ver renascer da dor, o mistério
Do amor e sublimar o caos dos sintomas imprevisíveis e da
Compreensão daqueles que ainda não tremem com os frutos
Da ganância aplacada pela fúria do destino. Somente os que
Vencem a si mesmos nesta tragicomédia sem palco poderão
Estar certos de que estão abandonados nas mãos do Criador,
Que não serão derrotados pelos que os perseguem, e que
Nada os abalará na caridade.
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