domingo, 5 de agosto de 2012

Raízes, Frutos e Ciclos

A lua, deserta síntese do sonho, saturno tal qual cérebro, a glacial
Atmosfera da noite que invade dentre as chamas e desertos as
Pálpebras de um pai, os antílopes que correm desorientados nas
Camadas da relva, o orvalho aonde o frio traz a sede da ambição

A esterilidade da vida privada, os anéis de bronze que ardem nas
Armaduras, os nervos como trilhos, cheios de fumaça e homens
Em jaulas adentro dos trens, muita fome, dentro da alma, muita
Carência da carne que não se sacia com o sangue, amo-te, lua

''Possuo filhas três filhas, Rosa, Violeta e Margarida, sou chefe de
Guerras, influências de cigarros, destinos e odisseias, uma jornada
De rios e circos, quando vierem há mim discutir, com meu sangue
Nas veis banhadas por vinho, haverei de pisar nos insetos, pois
                                                                              Sou um deus''

Eles movem esse mundo, eles movem uma engrenagem de mentiras,
Eles levam os inocentes para o campo de batalha e escravizam os
Animais como Zeus, eu te amo, Maria, eu piso em cima da pirâmide,
Barata em forma de serpente, possuo roupas, mas minha essência

Não faz-se selvagem, atém quando haverão de me cobrar impostos,
Quando no íntimo o silêncio e música se justificam no meu ritmo,
Amo-te, mãe, amo-te pai, haveremos de fertilizar o solo, haveremos
De alcançar o solo, íntimo amigo, beija-me há raiz, saíram os frutos!

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