Um cometa de dinamites, uma rocha aonde os orifícios abrem portas para
Sonhos, aonde o delírio da perfeição faz-se inútil água dentre fogos escaldantes,
A natureza em movimento, as nuvens em chumbo na ausência da chuva, aonde
Ir? Para onde florir? Me pergunto instável, aonde as terras vencem os céus
Uma criança saudável busca o prazer, como uma lebre presa em um zoológico
Enquanto as hienas a assistem, um adulto dentre armaduras se prepara para
A guerra, um deus para oprimir e um sono para compreender, uma terra para
Obedecer, uma noite para descobrir, um dia para irradiar uma luz distante
Uma pele de metal sempre nos outros pretende encontrar o vigor da prata e
Não percebe em si a ausência do cobre que habita na isca de todos, meus
Pelos e minha sensibilidade trazem o teor das árvores, enquanto os céus
Estrelados e moral dentro de mim, trazem a sensação instável dos céus
Os cálculos estão mortos, as línguas emudeceram, os deus e homens hão
De se contradizer no devir da alma, o mesmo Egito e os hebreus habitam
O teu ser, o que em te habita tem um teor de sementes e de paixões, de
Trocos e raízes, mas a lua está morta e só os olhos de quem faz-se
Pequeno como uma criança haverão de curar-te
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