Houve um tempo, em que as faíscas brilhavam na chama dos isqueiros,
Aonde as cavernas transbordavam em rios, chorávamos e dançávamos o
Tempo perdido, mentíamos para nos mesmos, chaminés de um passado
De pedra, aonde a pedra fez-se rocha consiste, vulnerável qual pele
Tenho sofrido muito, minhas pálpebras ardem na dúvida dos relógios,
Meu sono, uma lua com muitas crateras, meus medos no lado escuro
Da mesma, um sentimento de selva, um sentimento de medo, o sonho
De ser acolhido, ora nós ardemos na superfície sem sangue, com o
Corpo ardendo nas sementes da vida, queria dizer que te amo, com
Um sono de pássaros, uma vida de harmonias e harpas, mas tenho
Medo, medo das armaduras, medo da interpretação do azul dos céus,
Medo do fogo que habita em mim, mas não tenho medo dos olhos
Intuitivos que me acalantam na insônia do dia, como relógios de luz,
Um sol queimando os fantasmas, uma história para contar, fenômenos
De chuva, nuvens de água nas fontes das covas e grutas, nada haverá
De morrer, o mistério do amor faz-se maior que o da morte
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