quinta-feira, 26 de julho de 2012

Luz Dentre Arvores, Ruas e Luas, Sol

O dom natural do sofrimento, a infância tardia ardendo dentre o fogo sob as folhas, os caules secos, os cães que ladravam dentre vultos, fantasmas adultos em armaduras de guerras, o excesso de humanidade criando a pureza aonde os círculos em propagandas de bebidas, alcoólicas, adormecidos no inverno do poder criam chamas, criamos deuses que nos escravizam em redes como peixes sendo cassados por nossos instintos selvagens, ninguém faz-se sábio, apenas aos olhos do mundo, as aparências são frutos, maças perigosas que descem das árvores do jardim do Éden, as idolatrias são tentações ante nossos olhos dentre todos os instantes, o ferro faz-se a madeira germinando em nossos ossos, a maturidade faz-se pequena quando enferrujada, sem o vigor da juventude.
Inda aprendemos com substância, que formas são reflexos de um rio de cristal, mas que o rio faz-se um somente, que por mais que tenhamos vivido, nunca seremos velhos o suficiente para não se rejuvenescer com as crianças, que por mais que o tempo impunha justiça, um deus morto faz-se um esqueleto de prata a nos causar câncer, vivemos a terra discernida pela carne do filho de deus, criemos um espírito eterno no mundo. Razão já não há para punir os sentimentos daqui, os relógios nas instantes esculpidos no bronze dos livros, medalhas e sementes de sofrimento para germinar. Amar a si mesmo faz-se difícil, um jogo entre a morte e a vida, mas os olhos da mulher refletida na luz de Maria, maiores que Tabus, um Sol ante um inverno de lobo, evapora as ilusões. Haveremos de viver, a vida faz-se expressão de luz compreendida.

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