Dentre línguas, fogos, Adão dentro de mim, cinzas de caim no ar,
Irmãos gêmeos, formigas dentre redes, o odor do mistério me
Banhou de sangue durante a juventude em tempestades, os olhos
De minha mãe como raízes de cinza e granito, no inverno do sol
A história abalada, faíscas de guerra nos incensos da paz, tantas
Mentiras, a fome nos leitos do mar aonde andam os peixes, deus
Adormecido, o Ocidente e o Egito impondo suas forças, ídolos,
Quem ama, dentre tantas queimaduras, tantas crianças abusadas
Como animais amorais, enquanto os adultos em círculos de vinho
Revivem infâncias, não haverão de haver conceitos para medir
Uma alma em chamas e águas fluídas no rio, as nuvens, fogosas
A maturidade demasiada faz-se um câncer, tantas formas para as
Rochas e anjos; deuses mortos, camadas ácidas de cebola nos
Olhos da inocência, acusações de autenticidade, cérebros, aonde
Ir, seguirei o vento, o olhar materno da luz penetra-me a pupila
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