Quando vieram camadas de fogo na
santa inquisição, Margarete estava
Com medo. Os católicos há haviam
perseguido. Fariseus bêbados, como
Faunos, cobrando impostos para
mulheres sensíveis. Os padres riam
Dela. Lembrava-me que ela estava
com Dorcélia, a mesma tinha muito
Meno, sua coragem. Sua
impulsividade contra os homens caninos que
Há haviam seduzido. Falsificando a
imagem de deus trouxeram sofrimento
À minha amarzível criatura na
atmosfera de pinheiros, abetos, larícios,
Espruces perante o frio em que nos
agasalhávamos. E as árvores de folhas
Largas, as óperas e cenas de peças
renascentistas de Moleire e Shakespeare.
Percorríamos São Petersburgo, líamos
Guerra e Paz e Ana Karenina,
Chorávamos. Nossos pais tinham
medo de nosso amor, mas as raízes sempre
Foram tão profundas. Haviam
esculturas buriladas em sono, o medo de morrer,
As mentiras para si mesmo e os
fantasmas dos generais romanos que
Iludiram nossos pais. Dolcélia. Eu
chorava sozinho, me tremia pelos chãos
Com vontade de pegar uma caneta.
Mas fomos negados um ao outro.
Aquelas navegações para o Brasil e
a América-Espânica, os delírios de
Napoleão. A reforma
socialista, todos faziam-se fumaça no útero da raposa!
Eu mais que te desejava eu te
necessitava, olhos teus olhos estão em mim em
Todas as dimensões da cosmologia do amor!
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