Um rio que passa aonde o amor se fez gelo na superfície, a tua face, pálida,
Adormecida aonde meus olhos tensos contraiam um ventre aonde a mulher
Sensível fez-se ferida perante as guerras, minha carne arde e pouco sentimos,
Queremos em sono, os murmúrios de um vento aonde as igrejas e as
Universidades nos dão um trigo em forma de vinho, as faces de vidro e os
Navios repartidos em impérios, enquanto as pessoas fazem-se tolas e
Os músculos se contraem em diamantes burilados por tronos e inteligências,
Aquele criança, ali sentada no colo de sua mamãe, já não mais sabe se a
Terra faz-se redonda ou se gira em torno do sol, se os céus são tão azuis
Quanto os seus próprios olhos ardendo em sensibilidade, um pai seduzido
Pela gravidade pré-histórica, um abril estonteante aonde não há espaço
Para a arte e a espiritualidade, o vinho anda solto nos ares e choramos
Ao adolescer, crescemos há ouvir os pássaros e as águias sendo
Confundidos pelo tráfego e as promoções de quem atiraria a lança mais
Apropriada ao sonho da tribo aonde o pajé seria tão selvagem quanto
Aquele jovem de quinze anos que sonha em vencer os mundos e chora
Ao descobrir o vácuo daquele menino, carente de pais e sem cavalos para
Sustentá-lo há morrer como ele enquanto sua infância como a do mesmo
Foi induzida pelo ópio do mundo, o ouro de Adão e Eva cicatrizados em
Lucas, Marcelo, Eduarda e Elisabete. Quando tinha teus catorze anos e
Tremias, a eletricidade dos nervos fazia-se cálice de bebidas ébrias nas
Guerras dos teus treze, chorastes por não ter à quem te ouvir, o vento
Suave, as montanhas que banham indiferentes as mesmas fontes, as quais
Extraímos a água todas as manhãs antes do suor, são dádivas de deus,
Tu simplesmente não sabes aonde ir, mas olha nos olhos das pessoas
Sábias, elas movem montanhas enquanto o mundo arde em estática!
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