Não havia espaço para rios e castelos, os homens bêbados cruzavam as
Ruas, as avós teciam os bordados, agonizávamos dentre avenidas de sono,
Criávamos Igrejas filosóficas de fogo em meio a luta contra reis, quinze
Anos de fábulas, fadas, o deslumbre de ser feliz, semear ondas do mar e da
Lua em meio a música, saímos para brincar dentre árvores, superfícies
De uma vida amável, seguíamos impulsos de silêncios e guerras, nos olhos
Da pequena criança sentíamos que não havia espaço para os loucos, apenas
Para a irmã piedosa e sensível que nos cantava músicas alegres ao entardecer
Folhas, brisas e neves cintilavam e dançávamos para sempre o que havia
Nas armaduras dos soldados, embutidos em espadas, armas e delírios de
Fama.. Os homens andavam de um lado à outro, espelhos de infâncias e
Adolescências difíceis, a sensibilidade da mulher sendo negada e o prazer
Sendo traduzido em dor no adormecer daquele menino, esperando
Compreensão e as fontes límpidas dentre fogueiras e tochas, carros passando,
O enfoque da sexualidade, os belos cervos e a noite sendo tocada na lua
Dos relógios à frente da minha casa, livros na estante, nervos nas escolas
Nas salas de aula e no cotidiano do trabalho, lidamos com almas sensíveis e
Sedentas ao vinho das paixões, a gravidade dos outdoors, das televisões,
Dos grandes ícones da música, do cinema aparecendo na tribo de selvagens
E nós como meninos, tocamos a lira da luz traduzindo a harmonia da vida
Em sua simplicidade, somos crianças-adultas, sementes de paz, a paternidade
Única do rio terrestre e celestial!
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