Outono transgressor na ferrovia dos trens nas nuvens do deserto,
Aglomerações de vinho nas margens do rio, segue em lã, tecer
Das pedras nos cavalos intrigantes em museus de cera no semblan-
Te das águas que seguem, azuladas, o manto da terra na erupção
Dos vulcões, rio de leito macio, madrugada mergulhada nos véus,
Anjos e demônios retornam na cicatriz das feridas, as cinzas do
Renascimento em maças impressionistas expressas nas asas
Van Gogh na noite estrelada em azuis silêncios penetráveis na
Luz amarelada nas figuras noturnas aonde os vazios se preenchem
no verde, verdejante meia-noite de alma humana em luz, desejo
E escultura
Os olhos trazem impressões, maresias em crianças adormecidas
Em chuvas acumuladas nos solos, o adubo inconstante das raízes,
Galos sorriem e as espadas argilosas em lâminas trazem céus às
Guerras de sonho, pirâmides de ferro; leveza do ar, brisa, angelical
Dentre veredas, crateras nas ruas banhadas por uma lua de es-
Queletos, a face da Morte tráfega nos túmulos da vida, o tráfego
Já amanhece em aurora flexível, mas tensa a ânsia da vida, ânsia...
Os nervos são ondas na praia ardente em dunas no corpo, alma
Inconstante nas latências da fome, as flores, as estradas, síntese
Plantas dentre folhas em chamas nas cavernas e o sono, ânsia de
Néctar nos rios adormecidos no ventre do Sol, a tentação, sensível
Lágrima cristalina nas águas límpidas em cascatas de luz das ilhas
no sul, nervos da eletricidade das paixões sem pássaros, férrea
Sensação do silêncio, apenas o silêncio simétrico sem fumaças,
Ri da loucura dos dentes escancarados ao cigarro, à todos vem
A sombra, cabe a luz aos espectros abismais clarear, relva, deus,
Apolo traz evaporar aos dilúvios do filho do homem, o paralítico
Toma pernas e ver-se filho de deus, alma, morte, indagam os céus!
Apenas o ser traz o espelho da vida viva, morrer cabe a sombra ser
o próprio céu!
Nenhum comentário:
Postar um comentário