Morte nos cálices, fogo nos ventos, vinhos, peões e tormentos
As rainhas estão em túmulos no ar, aonde ecos da madrugada
Dançam em nuvens, paixões, chuvas e raios, anjos ciumentos
Pois na carne vivem, nas sombras da neve dos jardins, enxadas
A infância reprimida, as pálpebras doloridas, os cílios, tráfegos,
As ruas embalam tentações, desertos, rios, a víbora de aranhas
Teias, espelhos, estrelas, lago de Cisnes, diamante de entranhas
As feridas, os céus, Vênus, os instintos, a alma, verdes, tentáculos
O vento inconstante, as névoas intrigantes em pálpebras de outono
Os lagos de neve, a fome, os tímpanos, os mundos em estrelas
As terras, os céus, os olhos e a chuvas nas crateras dos cometas
Fugindo dos cactos da morte, das sombras do desertos, luz em alma
Na caricatura da larva, sentimos o orvalho da relva, na raiz, ferida
Reagindo em iluminação e asas; mel, fel; ecos de Sol, forças da vida
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