terça-feira, 29 de dezembro de 2020

As Dimensões Vulneráveis de Uma Natureza Visível, As Possibilidades Indivisas do Eterno

Os teus olhos ocultam um mistério singular; a neve caí, as crianças brincam a frente

Das casas, o tráfego exíguo. Carros, motos, a aparição fortuita de um ônibus;

Em cada infância reside o ouro das minas exploradas dos regimes coloniais e o

Luxo dos castelos das metrópoles; pois todo inverno e conforto primaveril

De estufas trazem consigo a memória dissipada de um passado que acarreta

Lágrimas germinando no presente o vinho de uma loucura que não suporta

                                  Um mundo de trabalho, lucro, individualismo e opróbio.


O amor e a paixão fazem-se um anoitecer de preconceitos em um isolamento

Narcísico, o sacrifício do ego faz-se a indiferença para com a própria paz

Da subjetividade individual. Estuda-se francês, espanhol, inglês e alemão;

A China, a Índia e a Indonésia abrem uma nova face enquanto em 

Português traduzimos a inter-existência de nosso país em uma terra

Que desconhece linhas de baliza. Os estudantes, profissionais liberais,

Funcionários públicos e artistas estão livres. Facultativo faz-se o fim

Do homem moderno e contemporâneo, senhores de si são aqueles

Que estão na condição civil da fama, do sucesso e de todas as 

        Plataformas de mídia virtual. Tudo sobe conforme o poder, 

                               O conhecimento, o talento, os títulos e os prêmios.


Trago comigo a dor da separação do menino dentre florestas, instituições

Burguesas e vínculos consumados em acidentes de uma vida de leis

Frágeis pela natureza possível à um mundo tacanho e flácido. Guerras,

Competições e disputas. Espontaneidade e os gritos aéreos dentre

Anjos, animais e fantasmas. Deus faz-se a flama de tudo o que 

Exprime-se santo, a Virgem Mãe e Cordeiro de Deus fazem-se as

                                                           Sementes eternas da verdade!

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