Adormecem nas cinzas da madrugada as tempestades de troncos
Envoltas nas ferrovias do outono, a neve dentre telhas ofuscadas
De folhas oriundas de uma primavera, os trens seguem e as crian-
Ças estão latentes no sono das ruas, as nuvens semeiam a relva
Dos campos nas palmeiras enclobadas nos rios, os relógios, fome
Nos teus dentes como moinhos de fantasmas, o ventre das cadei-
as de fogo nas brisas das praias em ondas, uma bíblia dando luz
Aos olhos, óleo nos pescoços, os raios que dão túmulos e esqueci-
Mento como vingança as sombras de outrem, os mares não são
Violentos como as azuladas casas de pisos de cerâmica, granito e
Marmóre, pois as mentes inquietas trafegam os céus como aviões
Em guerra, mas os pássaros estão escondidos na última dimensão
Da vida atrás dos porões da morte, asas, fé, mover montanhas no
Espaço dos dedos
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