quinta-feira, 25 de julho de 2019

II

Em cada tom azul há  pedaço deste céu. A juventudes, os rios e as vinhas.
Tive de percorrer os prados e estradas de ferro paralelas a aridez de 
Algumas terras. Houveram flechas nos ecos medievais dos ares, o meu
Riso converteu-se em pranto, entretanto os teus olhos jamais deixaram de 
Ser flores. Eu, imerso em sono, rompi com o Altar de meu bom Deus,
                                         Dando um filosófico adeus à minha inocência.

Sofri guerras e chorei em crises e a tua imagem perpassou o espaço
Incolor do meu sonho. Tu és linda, e por anjo, de santidade faz-se
Instrumento. Por orgulho ferido, ocasionalmente em pranto descubro
Minha infância incompreendida pelo néctar da tua alma que excede
                                                               O padecer de todos os corpos

Por vida, por inteiro, como almejar a tua presença? Se à ela não tenho,
          Por inconcebível compreendo o sonho e por graça luto pelo céu.
          Por casto, tenho o que é santo. E por peregrinação tenho-te como
          Livro. O tempo passa, o eterno fica. O que sofro, leva-me ao meu
          Cristo. A quem ofereço-me de corpo e alma. Pois por martírio, a
          Salvação alcanço. Tal como tu permaneces, independentemente
          De mim, no altar indelével que te conduz ao mesmo Empíreo
          Irreversível da imortalidade dos Deuses de outrora no espaço da 
                                   Tua vida: santa e imaculada aos olhos do Pai!   

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