Tive de percorrer os prados e estradas de ferro paralelas a aridez de
Algumas terras. Houveram flechas nos ecos medievais dos ares, o meu
Riso converteu-se em pranto, entretanto os teus olhos jamais deixaram de
Ser flores. Eu, imerso em sono, rompi com o Altar de meu bom Deus,
Dando um filosófico adeus à minha inocência.
Sofri guerras e chorei em crises e a tua imagem perpassou o espaço
Incolor do meu sonho. Tu és linda, e por anjo, de santidade faz-se
Instrumento. Por orgulho ferido, ocasionalmente em pranto descubro
Minha infância incompreendida pelo néctar da tua alma que excede
O padecer de todos os corpos
Por vida, por inteiro, como almejar a tua presença? Se à ela não tenho,
Por inconcebível compreendo o sonho e por graça luto pelo céu.
Por casto, tenho o que é santo. E por peregrinação tenho-te como
Livro. O tempo passa, o eterno fica. O que sofro, leva-me ao meu
Cristo. A quem ofereço-me de corpo e alma. Pois por martírio, a
Salvação alcanço. Tal como tu permaneces, independentemente
De mim, no altar indelével que te conduz ao mesmo Empíreo
Irreversível da imortalidade dos Deuses de outrora no espaço da
Tua vida: santa e imaculada aos olhos do Pai!
Nenhum comentário:
Postar um comentário