Ao meio de granadas, envoltas no meu medo das atmosferas glaciais do eterno retorno dos meus olhos castanhos de uma guerra travada entre os céus e minhas armas, diante de um inverno em que a neve e os túmulos dos fantasmas trazem as engrenagens das máquinas, os homens vão e voltam para casa enquanto os cães ladram e caçam. O rebanho de ovelhas está adormecido e o bom pastor está sendo assassinado enquanto as crianças perante o deslanchar das árvores deparam com as fumaças da cidade e das igrejas. Me banham de apreensões as luzes, na selva meus olhos estavam colidindo com uma lua fria e o oceano tão desconhecido quanto o adormecer de uma criança renascida nas lágrimas de uma velinha. Tantas visões e rios que seguem enquanto a rainha, a condessa e baronesa jogam cartas enquanto os duques hipnotizam os olhos das formigas humanas. Os anjos e diamantes caminham nas ondas diurnas e já não mais sei quantas estrelas podem tocar o ventre da
mulher. Os relógios repartidos ao longo das praças públicas enquanto o anoitecer tece em teias de aranha a infância perdida na guerra aonde o vinho do mundo toca a face da sensível consciência das camadas da pele da alma.
E assim segue um tal homem em meio á uma deserta planície de maças na gravidade do Éden que jamais reconquistou, seu sono segue em torno de pirâmides egípcias e arranha-céus repercutidos em um rio de pais e filhos adormecidos na noite aonde o teatro de céticos abre espadas e ciências psíquicas para a morte de deus em pacto com uma comeia de primeiro-ministros do saber e o ciúme das igrejas para com a divindade autêntica não aliada ao útero destas paixões. Uma tribo de soldados em sonhos dourados. No veludo da busca do tempo perdido aquele pequeno pastor alimenta seus meninos com a água das fontes de uma primavera orvalhada, sua mulher vigoriza as orquídeas com a delicadeza de sua sensibilidade, um mundo há anos luz de distância desta terra de tumultos e sedes cavernosas. E enfim amanhece, as terras e céus despertam enquanto doura um tempo para renascer e sentir o amor há percorrer como luz a imensidão deste universo.
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