quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

As livrarias são como estátuas de prata ou rios de águas serenas e profundas em pequena quantidade, podem saciar a sede ou aumentar a ganância, quanto mais próximos estamos de uma idéia mais democrática possível de deus, mais nos aproximamos da naturalidade religiosa ante nossa imperfeição, os livros não são obras extraordinárias, apenas leituras de paisagens que ilustram ou acrescentam.

As dores ensinam, mas não embalam o vinho do sangue por completo, ninguém é inteiro em algo, há não ser que condene a própria vida à um tribunal de sentença parcial e desnecessária; devemos ser flexíveis, a alma não vive sem o corpo e o corpo não vive sem a alma, somos imperfeitos, mas não escravos de um deus tirano opressor, temos de amar alguém além do mundo, nosso deus não cobra impostos, tem um amor que nada quer em troca além do ventre materno, devemos voltar para ele e alegrarmos inda mais nossas vidas diante das falhas, pois assim como a alma e o corpo, os céus não existem sem as terras.

Aprendemos com a vida, que os sonhos nunca são eternos o suficiente para saciar a nossa dor, que por mais que sejamos reconhecidos, admirados por nossos dons, quando eles aparentam apenas a nós serem possuídos, nós mesmos nos esvaziamos. Que a tristeza tem de evaporar e fertilizar o solo na dinâmica da luz, brilhando na escuridão e vivendo intensamente aonde nenhum homem jamais esteve, pois a vida nos ensina a humildade e assim como a lua é mais misteriosa que o sol, o sono faz-se maior que o sonho, mas a fé faz-se maior que ambos e apenas ela pode nos permitir amar para além nós mesmos.

A tristeza não faz-se pureza, a tristeza sem luz é uma fronteira entre a paz e a mentira para si mesmo, toda grande tristeza tem suas raízes verdes poderosas de alegria.

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