Sonhos, assinaturas dilatas no ventre dos espaços dilatados,
Pássaros sobre os túmulos, fantasmas de uma dimensão última
Dentre desertos, cavernas e dinamites explodindo nas chamas,
Fogo sobre a natureza das madeiras aonde as cinzas inauguram
As auroras aonde os sóis renascem adentro do ser, ser ou tempo
Vulnerável ao dia de amanhã sepultado na música da fé a mover
Montanhas inconstantes, expansão do meu universo, estrelas,
Renascidas, explodidas, re-erguidas na ferida diamantina do olhar
Do sono profundo da metamorfose das nuvens inconstantes,
Verdejantes as cascatas orquestradas no embate das pedras,
O azul resplandecente ao brilho das luzes intrigantes em
Olhos no diafragma das paixões, o raio ofegante aos acúmulos
De verdes lâminas do orvalho, encobertas pelas ruas, asfaltos da
Vida, de repente minha existência envolta em cristalinas asas
De aves lubrificadas,
Pela fome dos tímpanos na fome das horas consumidas no
Espírito, o som estridente dos mares, maremotos sobre as
Tempestades da viva, vívida flor de serpentes e vislumbres
Do magma dos céus dando forma ao dilúvio de cílios, pétalas
Negras sobre o lago destas esferas de terra, mar, ar e silêncio
Navegando adentro o fruto das maças dissipadas na língua
Ardente enquanto mergulhávamos em oceanos de guerras
E variações azuladas e penetrantes na raiz da alma inconstante,
Rio profundo, tua face, esmeralda repentina, vinho e fonte de
Águas límpidas, meu espelho, meu reflexo e eixo variável nas
Curvas de Vênus a amenizar o adormecer das feridas de Marte,
Flechar que seguem retas e depois declinam, na carne ou na placenta
Do riso, lábios avermelhados, da cor dos vulcões efervescentes,
As placas tectônicas vulneráveis, mas não emblemas de harpas,
De harmonias, mas do oscilar dos relógios, cronometrados para
Além dos limites da reprodução genética, reproduzimos os
Parênteses transcendentais, na luta contra o contrair do metabolismo
Das panteras adentro, carnívoras, envoltos para além da autodestruição
Das águias envoltas em desvios, comendo urubus fictícios, sentimos
O fogo na síntese do divino, nas câmeras espelhamos o mundo para
Além da América Idílica, mas sempre regressamos a fonte, seja
Dirigir, seja somar ou subtrair, dividir multiplicar a luz sobre a sombra
É o murmúrio do devir, metamorfose do tempo, embaçado nos teus
Olhos e refletido no céu das estrelas expansivas, renascendo sempre
No amanhecer aonde somos novamente, os novos que somos, rejuvenescendo
anos luz de quem somos, sendo multiplicados,
divididos, somados, multiplicados, regenerados: infinitos!