domingo, 23 de novembro de 2025

Moradas Tardias de Um Rio Despercebido

Se preparar, o rio e o sangue diluído, a febre, o poder e ouro.

Árvores, gramados e crianças livres com video-games de 

Modelos novos, jogos com violência gráfica de geometria

Espacial implacável e a liberdade para falar o que dar na 

Telha. Terços e rosários inexistentes em casas, educação

Comercial, competição e pessoas medidas como coisas.

Paisagens contempladas, destinos externos, passagens 

De viagens e a interioridade relegada ao precipício. 

Pessoas humilhadas, surradas por palavras que carregam


Lâminas como facas. Sarcasmo, espírito cosmopolita, 

Qualquer mínima conquista é motivo para se considerar 

Mais que o outro, e às vezes a ilusão é grande o suficiente

Para não sofrer. O mesmo Cristo passa a ser crucificado

         Desde a aurora até depois da madrugada. Paixões 

Vazias, o aumento da natalidade e a demanda de pessoas

Se adaptando ao individualismo, consumo, exibicionismo


Digital em enxame. Os santos sentem o peso do mundo 

Ignóbil, a loucura é maior que a adaptação a uma sociedade

Vã, os desatinos que aparecem na época de relações

Líquidas permitem o auto-conhecimento em gerações de 

Fantasmas que se alegram com festas, passeios e parvoíces.

Se o divino existe ele aparece de verdade no existencialismo

Que burila a essência dos que se permitem arder para serem

                                                                                   Humanos.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

O Sonho Alado da Simplicidade

O sonho alado do destino, meninos brincando com trens em circuitos 

Lúdicos, o fluxo dos passageiros e das chegadas, carvão, crianças, 

Malas com fotografias, estudantes, sonhos e ciladas. O inverno 

Ante aos salgueiros e elmos traduz nas ovelhas de lã avultada

Uma visão de uma Arcádia alegórica e ao mesmo real. Reinos e 

Soldados, repúblicas e exércitos, raptos, distância e relevos


Emocionais caóticos. Os príncipes e os pequeno-burgueses, 

A angústia de uma época não tão nova com estes últimos, 

A música, a juventude e os apegos traduzidos em arroubos.

O mundo é uma terra de guerra por oportunidades, ganhar e 

Acomodar-se na mentira de uma vida solitária e individualista.


Preparar infantes para vestibulares, passeios e gostos estéticos.

Ecos de loucura onde a gravidade chama os apartamentos 

Para o calor da superfície da terra, dilacerada. O sonho e o lucro

Juntos simbolizam tragédia, a pobreza nos foi legada por Cristo,

Os passionais com seus objetivos são sofredores insatisfeitos 

Consigo mesmos, pois a misericórdia e a justiça são os bálsamos

   Dos que negam o aparente e se doam como criaturas de Deus.

A Subjetividade Terna, As Crateras Lunares, O Cordeiro da Primavera

Os teus olhos, quais as crateras lunares para Galileu, a alavanca de

Arquimedes, a tua íris envolta no mistério profundo onde as linhas 

Passionais da vontade trazem consigo castelos, pestes onde povos

Correm dilacerados e templos mais remotos, onde o animismo 

Existia dentre a grama, sonho e solidão da liberdade dos Deuses

Passionais. Talvez o fado dos dias bucólicos no ouro desconhecido

Dos nativos deste continente esconda conosco uma dor entre a


História, os mitos e a tristeza angular do que está além do mundo 

Físico. O amor dilacera a pessoa humana, o poder que escraviza e

Adoece está entranhado no sofrimento psíquico, na medida em que 

Caímos, somos, e ao subir tudo está na grandeza da queda. 

Os dias tristes trazem o alento filosófico do sentimento do universo


Onde há um Deus que excede a violência inata de uma espécie 

Primitiva. A tenra expressão de uma melancolia feminina, qual

O véu da Mãe de Deus que sofre ao ver o filho, mas sabe que 

Ele ressuscitará, pois aqueles que se fazem pobres e sublimam

Suas sombras, são aqueles que amam, ainda que menores, 

Pois o Redentor não tinha sombras, mas deixou-nos perene a 

                                                                 Constância de sua luz. 

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

O Destino Envolto no Veludo Azul da Memória Purgada

O destino incolor do útero azul do destino desconhecido, as cicatrizes

Da alma recolhida. Os teus olhos exprimem a emancipação dos meus 

Dias solitários, Aquiles e Peleu estão ermos deste mundo de guerras e

Raptos, os sonhos traem a pureza em um mundo onde os amores são

Transitórios e contratos se quebram como taças de cristal quando a 

Vontade irracional não alcança o divino. As árvores, beleza e sono, 

Minha existência é tão fugaz quanto o tormento dos ecos de quem


Foge das aves de rapina durante a caça, pois as certezas de ontem 

Estão abaladas, a convicção na paixão e apego decaem, buscar a 

Verdade e ir ao mundo, é provar a amargura de que o sistema de 

Nossa sociedade é traidor. Se um dia pudéssemos ver além dos

Afetos frustrados e garantias externas, a terra poderia gemer e a 

Vida não estaria abatida, talvez a ternura materna de um afago 

Dócil traga a verdade ante as pelejas de quem está com a razão.

Só Deus tem mãos permanentes na finitude do fado daqueles que 

                                                                                             Sentem.

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

O Tempo, Os Chacais e Rios. A Eternidade, O Repouso e O Movimento

A memória dos infantes, crucifixos. Os tubarões, raios de um

Céu tempestuoso dentre névoas, o relógio de sol e a sombra do 

Destino dentre mares onde Netuno e as oceânides ardem no caos

Do verão de meu sonho. Cupido com suas flechas arma afecções 

Solitárias onde faunos e homens em desatino estão arrebatados,

Uma espécie primitiva entre cavernas e apartamentos. Nos cinemas 

E Streamings a memória de Laurel e Hardy, Chaplin, Keaton e Lloyd

Estão dentre uma linguagem complexa de onde a morte, drama e 

Paixão ardem como reflexos de uma subjetividade íntima fraturada.


O amor está sendo confundido dentre cálices de vinho, propagandas 

De voos e eclipses efusivos em redes sociais. O ciúme sexual e as

Reminiscências do intermédio da pré- e a própria adolescência, e 

A ira de uma justiça que está além da ponte que nos leva para o 

Além do que supostamente supomos ser o homem. Dentre rios,

Vitrines de lojas de tecnologia informática, música e vídeo e 


Livros contemplamos o que excede o mundo físico nas formas onde

Círculos, cubos e paralelogramos estão na geometria da linguagem 

Que excede o que poderíamos entender como o limite do Homo 

Sapiens. O devir da superfície revela a profundidade ou do martírio

Existencial dentre baratas, encurraladas e mistérios onde a ausência

Da aparente beleza explode o nada e explora o significado.

O divino está vivo, o tempo e os apegos passam, mas eternidade

                                                                                             Doura.



 

quinta-feira, 10 de julho de 2025

O Azul Translúcido da Morada Dos Homens

O relógio eletrônico de ponteiros esguios, em meu apartamento

De vidraças azuis passo a entender o grito do homem solitário

A atravessar a ponte entre a ilha e o continente. Cavalos 

Derretem e continentes se movem. A infância é um ciclo de 

Neve, de Igrejas e cálices de água potável de fontes onde 

Os jardins escondem maças e rios onde minha memória


Traz consigo o destino de cavernas, antílopes e naus de 

Um país desenvolvido. Solidão e mistério, filosofia e o 

Sonho amarelo da luz na matriz do destino humano.

Talvez os dias não durem tanto quanto as preces se uma

Alma atenta ao que os céus traduzem no bem-querer de

Um Deus monoteísta entre santos e guardadores de rebanho.

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Os Contornos Azuis de Criaturas Livres Na Grama Sob a Luz do Sol

Então são os dias tristes do fado azul da infância e adolescência

Dentre fantasmas, lobos, shoppings centers e arcabouços de 

Aritmética, álgebra e geometria entre as formas do espaço no 

Curso do tempo, as montanhas, obeliscos, arranha-céus… 

Teias de aranha, a internet, os psiquiatras e o sonho de cavalos


E relógios derretendo enquanto a exposição atraí os vermes

Destrutivos da luta pelo pódio. Árvores, grama, Hórus, Set,

Dionísio, Zeus, Mercúrio e Marte, Deuses egípcios, gregos 

E Romanos ante o destino de quase todos que por pouco

Não se afogam como Narciso no rio, apaixonados consigo 

Mesmos. Ante a natureza desfilam aqueles no início da vida,


Na natureza sem interferência humana. A noite desce dentre 

O inverno tardio que se antecipa na dor humana que conduz

Ao divino, o amor não é menor que o sono, os santos não

Estão apenas mortos, assim como a ressurreição de Cristo

E o legado do Espírito Santo traz a verdade para as almas das

                              Pessoas inquietas em um mundo solitário.