Talvez o destino seja tão fatal quanto a velocidade das lebres, o arquipélago
Grego da metafísica das paixões. O corpo, o prazer, os soldados e fantasmas
Ante cães. A luxúria, a ambição, o contato com os banquetes e festas de
Contratos insólitos. O vinho que banha os cargos, a fama, os cientistas,
Artistas, professores universitários. A lua esquálida, o hemisfério Norte
De onde os ventos frios da colonização trazem rios azuis, veados e pumas.
Os príncipes que se foram, o tempo e a rotação dos corpos, vivemos no
Impasse da vontade, jamais saciamos nossos apetites enquanto
Permanecemos em uma alma sem vida, escravos de nossa carne e de
Nosso sono, almejando em nossos membros selvagens o que a ganância,
O ciúme amargo e a amizade com o mundo suprimem uma conversão
Que se não adquirida, seremos homens na perene modernidade
Pagã do medo, da melancolia, do ópio da cultura vasta da ignorância
Do divino. Tal como nesta terra de sofrimentos e perseguições se não
Abrires a tua alma e coração, não alcançarás tua vocação original:
O puro amor da santidade da família imitadora daquela que faz-se
Sagrada. O amor dos santos que desprezaram este mundo. Que jamais
Na infinita dor do mundo diante de um sofrimento intenso nas chagas
Do calvário disseram sim às riquezas, a presunção do saber, a quebra
Da continência do corpo como um templo. O cemitério dos ídolos
Está cheio de vermes. Antes que seja tarde demais, olhai para os céus,
E veja que não há grandeza maior do que servir como uma pequena
Criança, do que ter misericórdia e proteção aos que nos perseguem,
E exercer a caridade com todos sem exceção. Apenas a simplicidade
Revela-nos como fruto dos céus, dos olhos castanhos da castidade
Que ela nunca renunciou na ilusória aderência amarga à um mundo
De escassas purgações. Dizei sempre o sim à vida, graça maior não
Há. Acreditai no Criador, renunciai à todo limite de compreensão,
À todo limite da capacidade de amar. Mesmo na distância intercedei
Com a proteção de São Miguel, a cura de São Rafael e as mensagens
E sinais iluminados de São Gabriel aos que lhes são caros face a face.
Como nos disse São Paulo, nada pode separar do amor de Deus,
Portanto sede os santos chamados, não esmoreceis, e na humildade
Da graça abraçai a causa da pureza amorosa que vos emite do âmago.
Os pobres que o Cordeiro de Deus comentou no Sermão das Montanhas
São os puros, os puros de coração e de alma, são todos vós, todos nós.
A adolescência, flor filosófica ante ao mármore do tempo dos trens das
Famílias burguesas, as árvores, folhas e prados enquanto nas galerias de
Arte, a liberdade aparente das pessoas que sofrem no impressionismo
Do ceticismo da moral ante ruas de fama, bebidas alcoólicas, e
Universidades e escolas com marcas de sangue, dores de uma sexualidade
Sem responsabilidade. A solidão que purga e o vazio de um Deus morto,
Crises, divãs, e tratamentos no extermínio dos manicômios. Ele nunca
Teve uma necessidade de vê-la, o que o destino não quis, o mundo
Apartou tal como a flor que saí do campo rumo aos jardins tóxicos
Onde reina a competitividade, a vanglória, a perca da inocência,
A virilidade e a manada de pessoas tão normais e vagas como a
Besta estética alheia aos olhos dos mais sensíveis gregos, hebreus e
Renascentistas. A necessidade foi-se esvaindo, mas a beleza nunca
Apartou o seu espírito que sublimou todo aquele mundo com suas
Mentiras, que nunca a afetou na realidade, pois ele sabia que os céus
Estavam mais próximos dela que todo aquele ambiente sórdido e
Mesquinho. E sentia que o único objetivo realmente ao alcance que
À ele pretendia e à ela estava além daqueles reflexos de mundos
Atrasados, e sublimando sua carne desejava o bem à todos daquele
Círculo, mesmo que distante e vendo que haviam pouquíssimas
Pessoas puras e interessantes; e principalmente à ela. A paixão faz-se
O apego discernido da alma filosófica enquanto em oração vivemos
Do evangelho a única e possível poesia do idealismo prático, o resto
Faz-se barulho, e a música da santidade em Jesus Cristo, o Cordeiro
De Deus, faz-se a inspiração sincrônica da vontade da elevação que
Todos devemos buscar!