De espírito ancestral remontando à Era Glacial, seus olhos vendados
Em noites em que as estrelas dentre búfalos e cães se orquestram em
Pálidos cavalos diante templos há correrem tais quais selvagens ao lado
De vulcões. Seus medos envoltos nos mesmos, serpentes há corroerem
As seduções do suicídio em árvores de folhas murchas há escorrer sangue.
No ventre de sua mãe transcorrem pássaros, dragões e ondas de vinho. Os
Céus os mesmos já não os são enquanto famílias se dizimam, os filhos vão
À guerras e ela penetra-se no delírio dos rios subterrâneos em granadas do
Filho do homem. De delírios e cruzadas na basílica de São Pedro os
Papas jazem sobre túmulos enquanto os santos, tais quais escassas
Autoridades.
Dentre estradas em nebulosas de diamantes, esmeraldas e luzes se
Desviando de asteroides, a lã lunar envolta em sua pele traduz o
Esplendor dos rios, ela segue. Nos remos dos jornais da imprensa os
Lobos trafegam nas ruas. Os macacos veem, os macacos fazem, na safira
Do desvario os homossexuais e judeus em campos de concentração. O
Cérebro dentre baixezas enquanto os velhos como peças inanimadas em
Computadores orquestrados no sono da lógica jogam xadrez. Tais quais
Barcos no deserto o menino cresceu ouvindo a dizimação dos índios, os
Pré-conceitos raciais contra os negros, as inquisições europeias, as queimas
Ás bruxas aparentes, há escuta da voz dos anjos ele a segue. Seu pai dentre
Veredas do sertão agreste
Tem de lutar numa guerra contra os demônios em si mesmo. Sua mãe
Dentre
orações, igrejas, céus, túmulos e estrelas penetrantes no fogo
Dos
buracos-negros sente em sua pele o impacto dos olhos de armas de
Fogo nos
jovens há conduzirem-se nos trilhos dos trens no oeste árido
De
tempestades e duelos. Os anjos suscitam, a misericórdia bate na alma
Do pai, a
mãe nele molda a presença da lua. Ambos dentre terras e céus.
A menina
vai, a menina segue e o inverno das flautas conta-se em verão
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