sábado, 5 de março de 2011

Dinamite do Orvalho Renascido Aurora

As lágrimas dilatadas em névoas cristalinas, ventos, redemoinhos
Sobre os leitos, lagos e rios de um firmamento efêmero, metamorfoses
De rochas viáveis na cicatriz do olhar ao vinho inconstante, as cachoeiras
E a índole dos cães oculta nas crateras de uma lua bipartida, o eclipse
Oscilando nos relógios, as auroras viáveis na maresia aonde os mares
Enfurecem e os navios, aglomerações da madeira, das velas e do fado,
A luta, as flexas, bicudas goteiras em cavernas aonde matamos a fome
Das sombras, aviões decolam e os pássaros permanecem em nós, ni-
Nhos, os pêndulos das estrelas rarefeitas no sono, o brilho dos sóis es-
Pelhados nos olhos, tempestades castanhas, no leito do devir, o ser es-
Cuta os ecos, o silêncio profundo, a imaginação, a mitologia do não-ser,
A sede do instinto, a obra ao longo, de montanhas, verdejantes montanhas,
 E a fé, a coragem e do desafio, encontrando deus face a face no olhar, 
A guerra contra os mísseis das áreas companhias de vôo, Fênix que
Renasce das cinzas, faz-se sol a evaporar toda a história dos vultos
    De um deserto, de dunas profundas de miragem e oásis aparentes 
As crianças-adultas que somos, renascidas no orvalho das auroras,
Materializadas as almas no crepúsculo, entre o sol e a lua, uma linha
Curva penetra-me a raiz da existência, as terras e céus concentrados
                                               Na dinamite humana e divina

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