O infindo mundo consumado; a terra, o fogo, o ar, a água e o éter. Carbono,
Gravitação, atmosfera; os oceanos e o rios de uma aurora filosófica.
Os terremotos, chamas, incêndios, furacões, tsunamis, quedas de meteoros
E cometas. As guerras fazem-se tristes assim como os o sangue cálido
Dos animais. As leis deste planeta de solitários; macacos, golfinhos,
Elefantes, homens e anjos caídos. A besta alastrada no zéfiro; competir,
Defender-se, alojar-se no casulo. Amar, perder-se, confundir-se; vê-la
Distante enquanto fantasmas, folhas outonais e os ímpetos do menino
Todos desfalecem.
Manadas de rapazes infelizes. O prazer e o desprazer dentre escolas,
Festas, viagens e as separações de uma infância em um azul demasiado.
A lagoa do Éden perdido, a ancestralidade e os sofrimentos advindos
Dos latifúndios, dos escravos massacrados, dos indo-europeus em
Plena insanidade ante a problemática da consciência frente ao poder.
As tocas, eras glaciais; estar oculto dentre a resiliência, a diligência,
Emergir como um vencedor; filhos tensos em divãs psicanalíticos.
O tempo, as arcas, a miséria humana; navegar nos horizontes
Aparentemente desconhecidos. Sob efeito do tesouro pós-moderno,
Os atributos da inteligência articulam o vértice dos reinos prometidos
Ao filho do homem. O esquecimento da verdadeira identidade.
Carros, aviões, computadores, prédios, apartamentos de uma
Residência por andar, celulares, intercâmbios, divórcios, vestibulares,
Pós-graduações, ciências, artes e o esquecimento de Deus.
A colonização dentre símios de pelos ralos, a linguagem complexa de
Logaritmos, binômios, mitos, epistemologia, metafísica, poética,
Geometria, arquitetura e artes plásticas. O universo zoológico,
Cavernas e a dialética do espaço-tempo. A dinâmica do mundo
Vegetal; pomares, hortas, espinhos e ervas daninhas. O que arde?
O que vive? O devir de nossos sonhos pertence a queda rumo
Às moradas mais últimas, o alicerce divino faz-se a raiz de todas
As coisas que são!
Que belo texto e muito verdadeiro.
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