Quando arrefecidos os trilhos nervosos do filho do homem a purgar-se
Nos cronômetros do tempo. Os trens onde a infância, a adolescência, o
Pudor, a sensibilidade e a inteligência ardendo como as formas definidas
Por vulcões invisíveis no arder de um magma escaldante, na caótica
Ordem da que vem a emitir a catarse do ser e do nada no fluxo da
História natural. O monólito cosmológico, aqui ascende o patentear-se
De Gaia em tenros mares, terras, atmosferas e fogos do manto,
Do núcleo externo e interno onde toda a crosta arde para o Empíreo.
O repousar e permanecer intacto para perpassar o inverno, outono,
O verão e na primavera à todo o decorrer do verde orgânico emergindo
Em uma ontologia consciente. Tal como expoente de Atenas, implícita
Natureza rumo a descoberta da pessoa de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus.
Uma Odisseia de dialética onde o ego, a identidade, a vontade, o inatismo
E o empirismo fazem-se acolhidos na síntese onde o divino se sobrepõe
Ao humano aos fins da obediência da castidade, do dever teologal do
Evangelho justificando a vida de muitos por toda a delicadeza de sua
Simplicidade. O descobrir a alma excelsa, magnífica e divina para
Além do acaso de alegrias insólitas. Descobrindo pétalas de
Magnólias, dálias, orquídeas e estrelícias em toda a vida, na natureza
De cada estação do ser e do não-ser.
Metamorfoses ao perecível ante fantasmas de planetas distantes,
Os reflexos de instintos, dores e de um ascetismo rumo às fórmulas
Onde os arcabouços da mecânica onde os meteoros, silêncios,
Colisões do cometas, explosões e nascimentos de novas estrelas.
Mundos e mistérios do Anima, a evolução do espírito, lobos,
Raposas, ursos, gralhas, rouxinóis, crianças, cadeias onde o
Primitivo ante árvores, prados onde Febo ascende em luz ante
A música, a poesia e toda uma maestria de beatitude onde as
Criaturas tendem a negar as existências mais aparentes rumo às
Formas de um mundo onde a fé, a esperança e a caridade vencem
As tentações da carne ante toda a banalidade do visível aos olhos
Nus. Emergindo, por fim, o
Santo Espírito, destronando a soberba, o individualismo, a cegueira e
As sombras ante o despojar das cenas onde a dramaticidade das paixões
Ardem até onde a filosofia, a metafísica, o poder e a caça as presas de
Um mundo selvagem ardem na descoberta de um Deus judaico-cristão.
A luz surpreendente dos santos; os heróis e titãs do paganismo sendo
Esquecidos. Até onde vamos como herdeiros do paleolítico e do
Neolítico a arder em dialogar com cérebros maciços e vidas privadas
Onde a mágoa e o rancor nos coroam como monarcas de energias
Soturnas e despóticas... Quem poderemos ser diante de uma vida sem
Oração? Animais bípedes e solitários em epidemias de morte, guerra,
Genocídio sensível e cognitivo à completa ausência de contemplação
Ao Altíssimo!
A consciência enquanto lâmina de uma prata ignóbil, o sono e o sonho
Como cálices de vinho desconhecedores das águas em suas fontes
Límpidas... Apenas o que três quintos de paixão concedem na maresia
Dos apegos à realidade sensorial e sedenta ao monopólio abstrato da
Carne a dar espaço à Lúcifer. Apenas a vitória do bem sobre o mal
Faz-se valer as séries até o sétimo selo. A conquista rumo ao Empíreo
Começa em pequenas atitudes fluindo suaves, leves, sublimes e
Transcendentais; onde todas as palavras evaporaram-se, permanecendo
Apenas na medida em que fazem-se redimidas pela penitência, a prece,
Toda a unção sacramental e a prática das bem-aventuranças!
Deus exprime-se santo, efetivo e real para aqueles que sob unção
Mariana imitam com humildade seu filho unigênito!
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