Tiros revoltos atravessam avenidas, céus caem na atmosfera do sono
Aonde meus olhos ardem como dentre ondas de vinho. Diante da metrópole
Estendida ante as montanhas verdes, meus medos são traduzidos dentre
Flores e cavernas da minha infância traduzida nos pássaros e aviões
Adormecidos nos olhos tímidos da pantera presa no zoológico de minhas
Pálpebras cicatrizadas na guerra aonde os navios seguem. Os presidentes
E pais traem dentre túmulos e igrejas enquanto soldados seguem o rumo
Das pedras. As feridas penetráveis na lua escura e no vento frio aonde o
Ventre da mulher faz-se dilacerado pela neve e árvores de florestas, fábricas
E fumaças dentre engrenagens trazem o sonho aonde a rainha e os bispos
Estão latentes na febre da luz há incendiar-se na aurora aonde a noite faz-se
Encoberta pelo veludo de estrelas aonde os rios seguem assim como o verde
Da relva traz o orvalho, as cinzas dos fantasmas traduzem os mistérios
Inquietantes de onde o adormecer eclode o devir dos mitos e homens
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