sábado, 9 de novembro de 2024

O Suplício dos Que Se Permitem Ser

Os céus traduzem uma linguagem matemática, poética e espiritual.

Estrelas emitem ondas de rádio, luz, explodem e entram em buracos

Negros. Homens correm, lutam e criam prisões dentro de si. A vitória 

É a camuflagem da derrota, pois a vontade exprime-se traiçoeira.

Catres levam soldados abatidos e mutilados, e o poder executivo 

Traduz a natureza do homem desesperado e inerte na vida civil.

Trens levam e trazem pessoas, assim como carros e aviões. O sono

Está cheio de mentiras. Jogam xadrez, todos disputam e quem 

Acumula mais poder, é o que tem que saber que esta é a mais 

Avarenta ilusão que desumaniza e intoxica a sociedade. Ganham 


Um pouco mais, e apoiam a privatização da queda dos que não

Tiveram as mesmas oportunidades, somente uma quantidade x

Deve se estabilizar, os demais aparentam não merecer.

Empreendedores, diplomados humilhando o próximo não se

Permitem sofrer para ver esterco adentro, pois seria doloroso

Além da conta. Rios infernais, o Hécade, Ades e seus agentes,

Máscaras, poder, luxúria, mulheres sendo usadas e sádicos

Orgulhosos de passeios, desdenhando das pessoas. Ser 

Alguém requer sofrimento, negação, ser simples é ser alvo de

Escárnio. Paisagens, superficialidade, cargos. Quantos milênios


De ideologias macabras. Citam o nome de Deus, e o sacrilégio 

Assassina a santidade. Homens decadentes fazem churrasco e 

Persuadem almas puras a ostentação e a mentira. Onde está o

Amor? Está escondido, está nos famintos, nos tidos por portados

De desatinos, nos sofredores. Não seremos julgados pelos 

Palácios que visitamos, não mesmo. Sim, pelas nossas ações,

                    E o resto, não se passam de bolhas de sabão.

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