Paris, Frankfurt, São Paulo, Pequim. Tal como Fausto vendeu sua alma
À Mefistófeles, o saber e as lâminas de Arquimedes, Justiniano,
Shakespeare, Darwin e Platão ardem no rio caudal azul do sono
Secular onde os eternos adolescentes bravejam a morte da eternidade
E a ascendência do poder. Dentre grades de prisões enferrujadas
Se está em casa, trabalho, turismo e nos gabinetes peripatéticos
Onde o individualismo e a competição decaem ao inferno.
Os mundos, galáxias e universos ambivalentes compatíveis com a
Seleção agressiva e natural do desastre. Uma espécie que não reza
Está condenada a ser extinta, a soberba e inferioridade daqueles
Que se vendem pelo status da inteligência, burguesia, beleza, fama
E fuga do auto-conhecimento. A morte de Deus e o ladrar dos cães,
A igualdade e fraternidade e as feridas de civilizados viciados em sexo.
A fome, criminalidade e o estudo confinando e fazendo castas de
Decadência em privatizações, esquecimento do pobre e alienação com
Paisagens, mentiras, teorias, apreciações de arte e contatos superficiais
Com ciências enquanto nas Igrejas sempre se vai com as roupas mais
Caras. Os santos estão esquecidos e a juventude vive em bandos de
Intelectualismo, ilusão, hedonismo e morte da ascese. A maioria quer
Um progresso assassino do espírito. A loucura perturba os que fogem
Do padrão, mas esta salva e ressuscita o homem velho na fé do Cristo
Autêntico. Só Deus basta, não venha com uma divindade embusteira
Em hábitos corrompidos, ou se é simples ou farsante. Não se precisa de
Poesia e retórica no enxame digital do espetáculo, mas de devoção,
Apenas os imitadores do Cordeiro de Deus vivem.
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