segunda-feira, 17 de agosto de 2015

As Avenidas Solitárias Iluminadas Pelo Amor dos Deuses

Eu vi a dócil fase lunar descer no ponte do deserto ao passo que os semáforos
Das avenidas conturbadas transpassavam a face viva da morte. Vi as libélulas, 
Os meninos indo a escola, tenentes em seus cavalos e carros acompanhando a
Madrugada deserta enquanto as condessas estudavam Shakespeare, os barões 
Jogavam o baralho e o amor fazia-se ocultado pelo xadrez do sono. Vi os olhos 
De prata da escultura de Elizabeth e lembrei-me dos pássaros, rubis e safiras em
que O príncipe feliz adormeceu o ouro de seu sonho na tristeza da misericórdia 

Vi a neve encobrindo a parte etérea da folhas, o verdor do fogo intrigante onde
Os homens destroem o alicerce das tribos para sepultar para sempre os
Fantasmas Do autoritarismo. Vejo poetas em jornadas de medo, tempestades
E navios onde o cavalheiro andante luta intensamente contra o rei em busca
Dos ideais de misericórdia, amor e esperança. Vejo a mais tenra infância dentre
Prados, árvores, rios, flores e toda exuberância do orvalho sobre a relva caminhar
Forte enquanto os adultos, como vítimas de suas próprias paixões, querem acima
De tudo um Lugar no mundo onde podem sentar no trono das majestades.
                                                                                                    Vejo as cavernas,

As aves estendendo seus voos ilimitados, a prole de ovelhas e as flautas onde
Pã e as ninfas trazem as lembranças do museu de lobos esculpidos com maestria
Em Metais preciosos. Vi a sensível pele do estábulo onde Cristo foi concebido,
Abri meus olhos para a cidade e senti os céus descendo enquanto o pão de todo
Dia fez de minh'alma mais que a essência da loucura das guerras civis com as
Sombras do mundo. Desta forma, na reminiscência da mais tenra infância, vi os
                                  Os olhos da Virgem Maria apalparem as fontes de meu ser!

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