Em cada semente de cada manhã, a superfície dos teus olhos traduz
Em mim os medos das tempestades de uma infância incompreendida.
Vi minotauros, lobos e pequenos correndo com medo dos soldados,
Fantasmas e de toda a violência acidental da incompreensão. Como
Ser mais; o azul, o medo e a face da morte nos perseguindo. Quisera
Que em cada madrugada o destino estendesse suas mãos para além
Dos túmulos e cavernas de nossa ancestralidade; de lordes, escravos,
Latifundiários e príncipes infelizes.
O tão quanto o sono me embaça e a tua face angelical acesa atira-me na
Verdade dos teus tímpanos aos ecos do silêncio e da música das formas.
Tu vives em mim mais do que tudo, o esquecimento não envolve o que
Arde a ser santo. Tu estarás em mim ao mais derradeiro dos meus
Dias até o alcance daquilo que faz-se realmente eterno tal como fruto
De todo o céu!